Alvo dos alertas das organizações de saúde, a Mpox voltou no último dia 14 de agosto a ser classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma emergência de saúde pública de importância internacional. A medida foi tomada devido aos altos índices de diagnóstico da infecção em diversos países do mundo.
Em 2022, a doença já havia adquirido este status mais elevado de alerta em função da propagação de uma linhagem do vírus que ultrapassou os limites do continente Africano, muito em consequência de contágio a partir de contato sexual. Atualmente, uma nova variante do vírus tem causado o aumento de casos, especialmente na República Democrática do Congo e também na Suécia.
O que é a Mpox?
A Mpox, antigamente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. É uma doença infecciosa viral, e sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas, materiais contaminados, e animais infectados.
Segundo médicos infectologistas, existem vários tipos de pox, e elas são sempre restritas e relacionadas às situações de origem delas. A catapora, por exemplo, é conhecida como Chickenpox, mas ela não foi traduzida como ‘varíola das galinhas’. No caso da Mpox, preferiu-se retirar essa característica do ‘monkey’, devido a ataques aos macacos de forma descontrolada, relacionando a doença à transmissão de humano para humano.
Principais sintomas da Mpox
Os principais sintomas da Mpox incluem erupção cutânea, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrio e fraqueza. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem. As erupções tendem a se concentrar no rosto, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.
As erupções geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes podem aparecer antes da febre. Os sintomas demoram entre três a 16 dias para se manifestar, podendo chegar a 21 dias. As lesões podem infectar e trazer maior gravidade ao paciente, sendo necessário cuidado para evitar infecções secundárias bacterianas e também para evitar transmissibilidade para outras pessoas.
Como é feito o diagnóstico da Mpox?
O diagnóstico da Mpox é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. A amostra a ser analisada é coletada, preferencialmente, da secreção das lesões. Quando as lesões já estão secas, o material encaminhado são as crostas das lesões.
Em caso de suspeita de infecção, é fundamental o isolamento de contato para evitar que outras pessoas manipulem as lesões. Além da vacinação, o melhor jeito de se prevenir contra a Mpox é evitar contato com pessoas infectadas e manter cuidados em casos de interação com pacientes. Algumas medidas de prevenção incluem:
- Não compartilhar materiais de higiene e uso pessoal, como roupas, talheres, copos e roupas de cama.
- Sempre lavar as mãos e usar álcool em gel.
- Utilizar luvas ao cuidar de alguém com suspeita de infecção.
O tratamento básico contra a Mpox envolve medidas de suporte clínico, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas. A maioria dos casos apresenta sinais e sintomas leves e moderados, mas a doença pode ter complicações que levam à morte.