Recentemente, um estudo publicado no European Heart Journal destacou a eficácia da vacina contra herpes-zóster, a Shingrix, na redução de riscos cardiovasculares.
A pesquisa, que envolveu mais de 1 milhão de participantes, revelou que a vacinação pode diminuir a probabilidade de eventos como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
O herpes-zóster é uma condição causada pelo vírus varicela-zóster, o mesmo que provoca a catapora. Caracteriza-se por erupções cutâneas dolorosas e pode levar a complicações sérias, especialmente em pessoas mais velhas ou com sistemas imunológicos comprometidos.
Como a vacina atua na redução de riscos cardiovasculares?
O estudo demonstrou que a vacina contra herpes-zóster pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares em até 23%. Este efeito protetor é mais evidente em homens, indivíduos com menos de 60 anos e aqueles com hábitos de vida não saudáveis, como fumar ou consumir álcool em excesso.
A infecção por herpes-zóster pode causar inflamação e danos aos vasos sanguíneos, fatores que aumentam o risco de doenças cardíacas. Ao prevenir a infecção, a vacina ajuda a mitigar esses riscos.
Os efeitos protetores da vacina são mais pronunciados nos primeiros anos após a vacinação, mas estudos indicam que a proteção pode durar até oito anos.
Quem deve considerar a vacinação contra o herpes zóster?
A Shingrix é recomendada para adultos com mais de 50 anos e para pessoas a partir de 18 anos que apresentam um risco elevado de contrair a doença, como aquelas com imunidade comprometida. Indivíduos que já tiveram episódios de herpes zóster ou que receberam a vacina anterior, Zostavax, também são candidatos à nova vacina.
Para aqueles que nunca tiveram catapora, é essencial receber a vacina contra a varicela primeiro. Esta vacina é indicada para crianças a partir de 12 meses, garantindo proteção contra a infecção inicial pelo vírus varicela zóster.
Reações adversas possíveis após a vacinação
As reações à vacina Shingrix são geralmente leves a moderadas. Os efeitos colaterais mais comuns incluem dor no local da injeção, dor muscular, fadiga e dor de cabeça. Essas reações costumam ser de curta duração, desaparecendo em poucos dias.
Em alguns casos, pode ocorrer inchaço, vermelhidão e dor no local da aplicação, especialmente em pessoas que já possuíam anticorpos para o vírus varicela zóster.
Essa reação inflamatória, conhecida como reação de Arthus, deve ser comunicada aos profissionais de saúde. Compressas frias são geralmente suficientes para aliviar os sintomas, que se resolvem em poucos dias.