A prática de expor suspeitos de furto nas redes sociais tem ganhado destaque entre empresas ao redor do mundo, incluindo no Brasil. A rede de lojas Havan, de propriedade do empresário Luciano Hang, adotou essa estratégia ao publicar vídeos que mostram suspeitos de furto em suas lojas.
Em uma dessas ocorrências em Maceió, câmeras de segurança capturaram imagens que foram posteriormente divulgadas nas redes sociais da empresa.
Assista a uma das publicações da empresa:
Uso de tecnologia e exposição digital
Hang, conhecido por sua atuação direta nas redes sociais, destacou que a empresa usa inteligência artificial para monitorar suas 180 lojas no país. No vídeo publicado, os suspeitos são chamados de “amostradinhos”, e a postagem deixa claro que aqueles que tentarem furtar na Havan serão identificados e terão suas imagens expostas nas redes sociais.
Essa atitude visa não apenas coibir os furtos, mas também utilizar a mídia digital como um fator de dissuasão.
Internacionalmente, outras empresas adotaram práticas semelhantes. Nos Estados Unidos, a loja de cosméticos Lis Cosmetics começou a compartilhar vídeos de flagrantes de furtos no TikTok. Segundo a proprietária, Claudia Lis, essa exposição resultou em uma diminuição dos casos de furto em suas lojas.
O filho da proprietária da Lis Cosmetics, Edwin Ramirez, declarou que medidas foram tomadas além da simples presença policial. “Não vamos chamar a polícia por causa de uma caixa de cílios de US$ 15, mas, ao mesmo tempo, temos que nos proteger e encontrar maneiras de melhorar para que o roubo não se torne um problema maior”, afirmou Ramirez ao canal norte-americano NBC.
A estratégia de expor suspeitos de furto levanta questões éticas e legais significativas. Embora as empresas justifiquem essas ações como uma forma eficaz de coibir furtos, críticos argumentam que essa prática pode violar a privacidade dos indivíduos e levar a julgamentos precipitados.