No último domingo (28), a atleta Rayssa Leal, de 16 anos, conquistou a medalha de bronze no skate street feminino. Com isso, a skatista vai levar para casa R$ 140 mil, valor este pago pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Com muita emoção e um recorde na competição mundial, a brasileira conquistou o 3º lugar na última manobra dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Apesar do começo instável, Rayssa conseguiu se recuperar na disputa. Ela começou errando as duas primeiras voltas na bateria e precisava de notas altas nas manobras. A “Fadinha“, como é carinhosamente chamada pelo seus fãs, conseguiu a maior nota da história do skate street olímpico até aquele momento com 92.68 e avançou em 7º lugar.
Na final, a brasileira terminou a fase de voltas em 5º lugar, com 71.66. No momento das manobras, o talento falou mais alto. Ela bateu o próprio recorde na segunda tentativa e fez 92.88. Rayssa errou a primeira, a terceira e a quarta tentativa. Na última, conseguiu um 88.83 para garantir o bronze em terras francesas. Vale lembrar que, em 2020, na Olimpíadas de Tóquio, a maranhense conquistou a medalha de prata, aos 13 anos.
Quanto ganham os atletas olímpicos?
O COB, responsável pelos pagamentos, concede um valor específico a depender do esporte e da medalha conquistada pelos atletas brasileiros. Veja como funciona os repasses:
Modalidades individuais
- Medalha de ouro: R$ 350 mil;
- Medalha de prata: R$ 210 mil;
- Medalha de bronze: R$ 140 mil.
Modalidades grupais (de dois a seis atletas)
- Medalha de ouro: R$ 700 mil;
- Medalha de prata: R$ 420 mil;
- Medalha de bronze: R$ 280 mil.
Modalidades coletivas (a partir de sete atletas)
- Medalha de ouro: R$ 1,5 milhão;
- Medalha de prata: R$ 630 mil;
- Medalha de bronze: R$ 420 mil.
Cabe destacar que nos esportes em equipe, o valor total é dividido igualmente entre os atletas que compõem a seleção olímpica.
Entenda a polêmica envolvendo a skatista
Apesar da festa pela conquista do bronze, um gesto feito por Rayssa, durante sua volta na disputa, pode gerar uma punição para a atleta. Ao interagir com o público presente, ela enviou a seguinte mensagem utilizando linguagens de sinais: “Jesus é o caminho, a verdade e a vida“.
De acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI), ela não poderia ter enviado essa mensagem. Segundo as regras da competição, os atletas estão sujeitos a punição por falarem sobre religião ou política, devido às diversas nações com aspectos culturais extremamente diferentes que participam das Olimpíadas.
Ainda segundo o COI, existem vários tipos de punição, sendo que, nesse caso, Rayssa teria recebido, apenas, uma advertência — vale frisar que a maranhense não corre o risco de perder a medalha. No entanto, se o aviso não for respeitado, as punições podem chegar a casos extremos, como:
- 1. Retirada do credenciamento;
- 2. Expulsão temporária ou permanente dos jogos;
- 3. Desqualificação das competições;
- 4. Pagamento de uma multa.