A gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, continua a ser uma preocupação significativa para a saúde pública global desde sua descoberta em aves na China em 1996.
Este vírus tem uma capacidade notável de se espalhar e diversificar, afetando não apenas aves, mas também seres humanos. Com uma taxa de mortalidade elevada, o desenvolvimento de vacinas eficazes é vital para mitigar os riscos associados à doença.
Atualmente, existem dois tipos principais de vacinas H5 disponíveis: as baseadas em vírus inativado e as que utilizam vírus vivo atenuado. Ambas as abordagens têm mostrado eficácia, especialmente contra novas cepas do vírus.
Qual é a eficácia das vacinas H5?
As vacinas H5 licenciadas são administradas em um esquema de duas doses e são recomendadas para uma ampla faixa etária, incluindo crianças a partir de seis meses e adultos com mais de 65 anos.
Estudos clínicos realizados com mais de 32 mil participantes indicam que essas vacinas são seguras, com efeitos colaterais geralmente leves, como dor no local da injeção e fadiga.
Embora as vacinas adjuvantes possam causar uma reação local mais intensa, elas são consideradas seguras para as populações indicadas. No entanto, ainda há uma necessidade de mais dados sobre os efeitos em gestantes, lactantes e pessoas com condições de saúde específicas. As vacinas têm mostrado eficácia não apenas contra o H5N1, mas também contra outras variantes, como o clado 2.3.4.4b.
Onde as vacinas H5 estão disponíveis?
As vacinas H5 foram aprovadas em diversos países, incluindo Estados Unidos, Canadá, União Europeia, Reino Unido, Austrália, Japão, China, França, Bélgica e Finlândia.
Até 2024, a Finlândia foi o único país a implementar um programa de vacinação direcionado a grupos de risco. No Brasil, o Instituto Butantan desenvolveu uma vacina que está aguardando autorização para testes em humanos.
Nos Estados Unidos, a vigilância da gripe aviária é coordenada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em parceria com laboratórios de saúde pública estaduais e locais.
Concluindo, desde a chegada do H5N1 à América do Norte em 2014, o vírus tem representado um desafio contínuo. A emergência de novos subtipos, como o clado 2.3.4.4b, ressalta a necessidade de vigilância e desenvolvimento contínuo de vacinas. A preparação para futuras pandemias exige um esforço coordenado entre governos, organizações de saúde e a comunidade científica.