O emblemático Telescópio Espacial Hubble, que vem sendo um dos maiores aliados da humanidade na exploração do universo desde 1990, enfrenta atualmente sérios desafios devido ao envelhecimento de seus componentes. Mesmo com a oferta de assistência da SpaceX, a NASA decidiu tomar um caminho diferente para assegurar a operacionalidade do telescópio por mais tempo.
Recentemente, a agência espacial anunciou que irá reduzir a configuração operacional do Hubble para tentar estender sua vida útil. Esta decisão é uma resposta direta aos desafios associados ao declínio funcional dos giroscópios do telescópio e à gradual diminuição de sua órbita.
Enquanto continua a nos maravilhar com vistas deslumbrantes do cosmos, o Hubble opera atualmente com menos giroscópios e uma órbita decrescente em torno da Terra. De acordo com especialistas da NASA, se nenhuma medida vigorosa for tomada, o Hubble pode começar a sua reentrada na atmosfera terrestre e desintegrar-se nas próximas décadas.
Por que a NASA recusou a ajuda proposta pela SpaceX
A liderança da divisão aerospacial da NASA optou por rejeitar a proposta de reposicionamento do Hubble com auxílio da SpaceX. Segundo Mark Clampin, diretor da Divisão de Astrofísica da NASA, a agência realizou um estudo de viabilidade que destacou riscos potenciais que poderiam, ironicamente, encurtar o período de operação do Hubble ao invés de prolongá-lo. Assim, decidiu-se permitir que o telescópio continue em um “modo seguro”, utilizando apenas um dos seus giroscópios restantes, mantendo o outro em reserva, caso necessário.
Futuro do telescópio Hubble
Apesar dos esforços para conservar o Hubble, a NASA estabeleceu que há uma chance de operá-lo satisfatoriamente até aproximadamente 2035. Patrick Crouse, gerente de projeto da missão do telescópio, mencionou que mesmo com a redução na eficiência, o Hubble ainda poderá realizar cerca de 74 órbitas semanais, contra as 85 órbitas anteriores. Este stillar permite que o telescópio realize observações significativas do universo, apesar das restrições.