URGENTE: Bolsonaro tenta “salvar” empréstimo consignado do Auxílio Brasil e regulamentação

O presidente Jair Bolsonaro deverá almoçar hoje (8) com representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e da CNF (Confederação Nacional das Instituições Financeiras) para tentar “salvar” o consignado do Auxílio Brasil.

O objetivo de Bolsonaro e de seus ministros é solicitar aos banqueiros que ofereçam o empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil com taxas menores, já que algumas instituições já estão simulando o crédito com taxas de até 80% ao ano, valor considerado abusivo.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, informou ao Poder 360 que será feito “um apelo à Febraban e aos seus associados para que tenham sensibilidade neste momento com a população mais pobre e necessitada.”

No consignado do Auxílio Brasil, o beneficiário pegará um valor emprestado com o banco e os pagamentos serão feitos através de descontos mensais no benefício todos os meses, antes mesmo das famílias receberem, evitando a possibilidade de atrasos, por exemplo.

Encontro após críticas

O ministro afirmou ainda que o empréstimo “precisa ser com juros que não coloquem essa população mais vulnerável em dificuldades”, e disse ter “certeza de que os bancos pensam no bem no Brasil”.

A declaração do ministro e o encontro de Bolsonaro com banqueiros acontecem após uma semana de críticas pesadas do presidente a alguns membros da Febraban que assinaram um manifesto “Em Defesa da Democracia e da Justiça” na última sexta-feira (5).

O objetivo do manifesto é reforçar a confiança no sistema eleitoral brasileiro, frequentemente desacreditado por Bolsonaro sem a apresentação de provas, e gerou desconforto após o presidente dizer que alguns membros da Febraban que assinaram eram “cara de pau, sem caráter”.

O consignado do Auxílio Brasil

O empréstimo consignado foi liberado para beneficiários do Programa Auxílio Brasil através da publicação da Lei N°14.431, de 3 de agosto, que autorizou o comprometimento de até 40% do valor recebido mensalmente para o pagamento das parcelas.

O governo trabalha para tentar viabilizar a oferta do empréstimo até o final de agosto, já que a publicação da regulamentação com as regras a serem seguidas pelos bancos e financeiras e o credenciamento dessas instituições ainda precisa ser feito.

Entretanto, o empréstimo que normalmente é oferecido com taxas em torno dos 2%, já é oferecido em simulações de pré-cadastro com taxas de até 5,85% ao mês, valor três vezes maior do que o normal no mercado, motivo que tem gerado preocupações e desconfiança sobre o legado dessa oferta aos mais pobres.

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