A Nissan Motor Co.,a nunciou recentemente um plano de reestruturação que inclui a demissão de mais de 10 mil funcionários globalmente. Este movimento eleva o total de cortes para cerca de 20 mil, representando aproximadamente 15% de sua força de trabalho.
O anúncio das demissões foi feito pela emissora japonesa NHK. A decisão surge em meio a um cenário financeiro desafiador, onde a empresa prevê um prejuízo líquido recorde.
A montadora está se preparando para divulgar os resultados do ano fiscal que terminou em março, e já havia alertado sobre um possível prejuízo líquido entre 700 bilhões e 750 bilhões de ienes, equivalente a cerca de 4,74 bilhões a 5,08 bilhões de dólares.
Quais são as razões por trás das demissões na Nissan?
O principal motivo por trás das demissões em massa e da reestruturação é a necessidade de a Nissan enfrentar suas dificuldades financeiras.
O presidente-executivo da Nissan, Ivan Espinosa, está liderando esforços para reestruturar as operações da empresa. Ele mencionou que medidas adicionais estão sendo consideradas para estabilizar a situação financeira da montadora.
Além disso, a Nissan anunciou anteriormente planos para reduzir sua capacidade global em 20% e fechar uma fábrica na Tailândia até junho. Outras duas fábricas, ainda não identificadas, também estão programadas para fechamento.
Até o momento, não há confirmações de que a fábrica da montadora no Brasil, localizada no Rio de Janeiro, esteja incluída nessa reestruturação.
Como a Nissan planeja se reestruturar?
A reestruturação da Nissan envolve não apenas cortes de empregos, mas também a revisão de seus planos de expansão.
A empresa decidiu abandonar um projeto de construção de uma fábrica de US$ 1,1 bilhão para baterias de veículos elétricos na ilha de Kyushu, no Japão. Este projeto, que receberia subsídios do governo, foi cancelado como parte dos esforços para reduzir despesas.
A montadora, que contava com mais de 133 mil funcionários em março do ano passado, está buscando maneiras de se adaptar a um mercado automotivo em rápida mudança, especialmente com o aumento da demanda por veículos elétricos.
Qual é o impacto das mudanças na Nissan?
As demissões e o fechamento de fábricas terão um impacto significativo não apenas nos funcionários afetados, mas também nas comunidades onde essas fábricas estão localizadas.
A decisão de cancelar a fábrica de baterias em Kyushu também representa um revés para os planos de expansão da Nissan no mercado de veículos elétricos, um setor que está se tornando cada vez mais competitivo.
Embora a reestruturação seja uma tentativa de garantir a sustentabilidade financeira da empresa, a Nissan enfrenta o desafio de equilibrar cortes de custos com a necessidade de inovar e se adaptar às novas demandas do mercado.