O cenário econômico brasileiro em 2025 tem sido marcado por significativas variações nos preços de produtos e serviços, conforme apontado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O café, por exemplo, registrou um aumento expressivo de 80,20% em relação ao ano anterior, liderando o ranking de altas de preços. Outros itens que também apresentaram elevações notáveis incluem a tangerina e o peixe-pintado.
Embora a inflação geral tenha mostrado sinais de desaceleração, com o IPCA registrando 0,43% em abril, a pressão sobre os preços de alimentos continua sendo um fator determinante. A alimentação dentro do domicílio, por exemplo, acumulou uma alta de 0,82% no último mês.
Quais produtos lideram as altas de preços?
Além do café, que se destaca com a maior alta, outros produtos também sofreram aumentos significativos. A tangerina teve um aumento de 46,88% e o peixe-pintado 28,6%.
No setor de carnes, a carne bovina continua a ser um item de destaque, com o acém acumulando uma alta de 25,49%. Outros cortes, como patinho, alcatra e lagarto comum, também registraram aumentos superiores a 23%.
Esses aumentos são atribuídos a uma combinação de fatores, incluindo a reversão do ciclo pecuário e a demanda externa aquecida. A expectativa é que os preços da carne bovina permaneçam elevados ao longo do ano, enquanto o café deve manter preços altos até 2026 devido à oferta limitada e à demanda constante.
Quais produtos apresentaram quedas de preços?
Apesar das altas em diversos produtos, alguns itens essenciais tiveram redução nos preços. Em abril, o arroz, feijão-preto, óleo de soja e açúcar refinado registraram quedas. No acumulado dos últimos 12 meses, a cebola, cenoura e feijão preto destacaram-se com reduções significativas.
Como a inflação está em relação à meta do Banco Central?
O IPCA de 2025 continua acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A expectativa atual do mercado é de uma alta de 5,53% ao fim do ano, conforme o boletim Focus do Banco Central. Para 2026, a projeção é de 4,51%.
O Banco Central, em resposta ao cenário inflacionário, elevou a taxa básica de juros Selic para 14,75% ao ano. Essa medida visa controlar a inflação, mas o mercado de trabalho aquecido e o real enfraquecido continuam a representar desafios.