O Índice Nutricional de Saúde (HENI, na sigla em inglês) surge como uma ferramenta inovadora para avaliar o impacto dos alimentos na saúde humana.
Desenvolvido por cientistas americanos, o HENI estima, com base em dados epidemiológicos, quantos minutos de vida saudável são ganhos ou perdidos a cada porção de alimento consumida.
No Brasil, essa métrica foi aplicada pela primeira vez para analisar os 33 alimentos que mais contribuem para a ingestão energética da população, segundo a Pesquisa Nacional de Alimentação de 2017-2018. Os resultados revelaram que a média nacional é negativa, com uma perda de 5,89 minutos de vida saudável por alimento.
Como o HENI avalia os alimentos?
O HENI considera 15 componentes associados ao risco de doenças, baseando-se em estudos do Global Burden of Disease. Entre os fatores negativos estão o consumo excessivo de carnes processadas, sódio, gorduras trans e bebidas adoçadas. Por outro lado, componentes como fibras, frutas, vegetais, leguminosas, ômega-3 de peixe e leite são considerados benéficos.
O índice expressa o impacto de uma porção média de cada alimento em minutos de vida saudável ganhos ou perdidos. Essa métrica funciona como uma balança de saúde, onde cada alimento contribui de forma positiva ou negativa.
Quais alimentos têm o pior e o melhor HENI?
- Piores pontuações HENI:
- Bolacha recheada: 39,69 minutos perdidos
- Carne suína: 36,09 minutos perdidos
- Margarina: 24,76 minutos perdidos
- Melhores pontuações HENI:
- Peixe de água doce: 17,22 minutos ganhos
- Banana: 8,08 minutos ganhos
- Feijão: 6,53 minutos ganhos
Como aplicar o HENI no dia a dia?
O principal uso do HENI é orientar substituições alimentares. Trocar alimentos com impacto negativo por aqueles com valor positivo pode melhorar significativamente o saldo geral da dieta.
Não se trata de demonizar alimentos, mas de informar o consumidor para escolhas mais saudáveis. O risco está em um padrão alimentar dominado por alimentos com HENI negativo, e não no consumo ocasional de um item específico.