Em resposta ao crescente número de roubos de aparelhos móveis, o programa Celular Seguro foi criado pela Polícia Federal para auxiliar na proteção dos smartphones dos brasileiros. Desde o seu lançamento, o programa registrou mais de 56 mil alertas de dispositivos entre roubos, furtos e outras incidências.
O programa registrou uma adesão significativa, com mais de 2 milhões de usuários cadastrados e cerca de 1,6 milhão de aparelhos registrados. A ferramenta serviu como um mecanismo de alerta para a polícia e também como um recurso para tentar mitigar os danos causados por incidentes envolvendo smartphones. Apesar do sucesso inicial em termos de adesões, relatos de problemas como bloqueios indevidos e falhas no sistema de registro têm gerado preocupações.
O Celular Seguro serve primordialmente como um “botão de emergência”, segundo declarações do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Quando um aparelho é roubado ou perdido, o programa permite ao usuário emitir um alerta que é diretamente enviado às autoridades e possibilita o bloqueio do dispositivo. Essa funcionalidade é crucial para tentar impedir que informações pessoais caiam nas mãos erradas.
Problemas reportados pelos usuários do Celular Seguro
Nem tudo é perfeito quando se trata da implementação do Celular Seguro. Diversos usuários relataram episódios em que o sistema bloqueou dispositivos que não estavam conectados à ocorrência relatada. Por exemplo, Roberta (nome fictício), uma vítima de sequestro-relâmpago em Belo Horizonte, teve seu dispositivo erroneamente bloqueado, criando uma série de transtornos com aplicativos bancários e o acesso a outras funcionalidades essenciais.
Recentemente, o programa passou por atualizações significativas para melhorar a usabilidade e eficiência. Agora, os usuários podem registrar seus aparelhos de maneira simplificada, apenas informando número de telefone, operadora e marca do dispositivo. Antes, era necessário inserir dados como o modelo e o IMEI, um código que muitos usuários desconhecem.
Adicionalmente, as atualizações trouxeram maior flexibilidade no que diz respeito aos dados que podem ser bloqueados após um alerta de roubo. Isso inclui, por exemplo, a possibilidade de bloquear apenas os aplicativos bancários, uma medida considerada importante por aqueles que dependem do celular para gerenciar suas finanças diariamente.