O vício em jogos de azar é uma questão de saúde pública que impacta milhões de brasileiros, indo além das perdas financeiras.
De acordo com um estudo recente, cerca de 10,9 milhões de pessoas no país apresentam sintomas de dependência em apostas.
As apostas online, crescentes em popularidade, estão entre os principais fatores que perpetuam esse ciclo. No entanto, existem estratégias comprovadas para auxiliar na recuperação, variando de terapias a intervenções financeiras.
Terapia Cognitivo-Comportamental
Essa abordagem permite que os indivíduos identifiquem padrões de pensamento que contribuem para a compulsão.
Com suporte de terapeutas especializados, os pacientes aprendem a modificar comportamentos e emoções relacionadas ao jogo, um passo essencial para reduzir o impulso de apostar.
Além do suporte terapêutico, o papel dos familiares e amigos é fundamental. Eles provêm apoio contínuo, facilitando a reintegração social do indivíduo afetado.
Intervenção de medicamentos
Embora ainda não exista uma medicação específica aprovada para tratar o vício em jogos de azar, há avanços no uso da naltrexona.
Este medicamento, empregado no tratamento de dependências químicas, têm demonstrado potencial para reduzir as recaídas. Estudos indicam benefícios, mas mais pesquisas são necessárias para validar sua eficácia abrangente.
Controle financeiro
A gestão dos recursos do dependente através de familiares ou profissionais especializados visa evitar novas apostas e controlar impulsividades. Bloquear contas bancárias ligadas a sites de apostas pode oferecer proteção adicional e limitar o acesso a fundos para apostar.
Programas de apoio e redes de suporte
Diversas iniciativas no Brasil oferecem suporte a indivíduos dependentes de jogos de azar. Programas nacionais e estaduais asseguram assistência integral, envolvendo suporte médico, psicológico e social. Esses esforços concentram-se não apenas no tratamento, mas também na prevenção e educação.
Importância das campanhas de prevenção
Com o aumento de casos, as campanhas educativas se tornam essenciais. Elas visam alertar sobre os riscos do vício e incentivar atitudes preventivas, como definir limites de tempo e dinheiro para apostas. As escolas e comunidades são alvos dessas campanhas, pois jovens estão entre os grupos mais vulneráveis devido ao fácil acesso aos jogos online.
A combinação de terapias, intervenções médicas e educação potencializa a recuperação e a conscientização pública, pavimentando um caminho mais promissor para os afetados.