Na última terça-feira (20), a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou uma bolsa-estágio de até R$ 1.000 para alunos de cursos técnicos que estão no ensino médio da rede estadual. A ideia é incentivar novos talentos a ingressarem no mercado de trabalho e desenvolverem suas habilidades e competências.
Com isso, estudantes poderão fazer estágios em instituições privadas, enquanto o pagamento ficará sob responsabilidade das autoridades paulistas. O bolsa-estágio será concedido durante seis meses, com as contratantes ficando encarregadas de fornecer auxílio transporte e um supervisor de estágio para acompanhar o aluno.
Implementação da bolsa-estágio
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deve sancionar a proposta dentro das próximas semanas. De acordo com a Secretaria da Educação, os estudantes podem ser contratados efetivamente pelas companhias parceiras. O objetivo da pasta com o programa é combater, também, a evasão escolar — vale lembrar que o Governo Federal já conta com o Pé-de-Meia, que dá um valor mensal aos alunos de baixa renda da rede pública de ensino.
Vale frisar que a Secretaria da Educação abrirá editais de parcerias para empresas interessadas em receber os futuros estagiários. A previsão é de que as primeiras contratações ocorra no fim de 2024 e no início de 2025. Inicialmente, serão 5 mil bolsas disponibilizadas — ao todo, São Paulo tem 70 mil alunos em cursos técnicos.
As bolsas mensais de até R$ 1.000 serão destinadas a alunos que estudam nas áreas de tecnologia. Para outros cursos, a previsão de um repasse no valor de R$ 650 por mês. O estágio deve ser de quatro horas por dia, de segunda a sexta.
“Com o estágio, eles não terão apenas um incentivo financeiro para continuarem na escola e aprender, mas também para conhecerem o mercado de trabalho, atuarem de forma prática com aquilo que é ensinado em sala de aula e ainda decidirem o que eles esperam para o futuro no campo profissional“, explicou Renato Feder, secretário estadual de Educação.
Quem pode participar da iniciativa?
Alunos que cursam ensino técnico em suas próprias escolas poderão concorrer a uma das vagas. Neste caso, estudantes do Centro Paula Souza, que tem as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), ou de unidades parceiras como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “Nesse último caso, o Senai também deve integrar o projeto indicando parcerias com empresas atreladas aos cursos ofertados pelo serviço“, informou a pasta.
Além disso, os alunos precisam ter, no mínimo, 16 anos. Como informado anteriormente, São Paulo conta com mais de 70 mil estudantes do ensino médio técnico. No próximo ano, o número total de jovens nessa modalidade pode saltar para 170 mil.
Aqueles que escolherem o itinerário formativo de exatas e humanas também podem receber uma bolsa para atuar como monitor. A ideia é que esses alunos assumam a função nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Neste caso, o repasse previsto é de R$ 400 por mês.