A chegada do Pix às carteiras digitais promete transformar o cenário dos pagamentos instantâneos, especialmente no que se refere aos cartões de crédito. Especialistas acreditam que essa integração será crucial para superar obstáculos presentes no uso do Pix no mundo físico, ampliando seu alcance e popularidade.
Recentemente, o Banco Central (BC) divulgou normas que facilitam ainda mais o uso do Pix em pagamentos quotidianos, eliminando a necessidade de redirecionamento para aplicativos de bancos ou fintechs. Isso significa que o Pix poderá ser usado de maneira tão simples quanto um cartão de crédito, tornando os pagamentos mais rápidos e práticos.
Pix nas carteiras digitais
De acordo com especialistas, a entrada do Pix nas carteiras digitais tem o potencial de aumentar significativamente seu uso nos pagamentos diários dos brasileiros. Um dos principais motores dessa expansão é o pagamento por aproximação com celulares, que já representa 25% das transações da modalidade, segundo a Abecs.
Em junho de 2024, o Pix movimentou R$ 2,2 trilhões, um aumento de 57% em relação ao ano anterior, segundo dados do BC. No entanto, a grande maioria dessas transações ainda é feita entre pessoas, com pouca penetração no comércio físico. A principal barreira, até agora, tem sido a necessidade de utilizar aplicativos bancários para realizar pagamentos.
Para superar esse desafio, iniciativas como a do Itaú Unibanco, que oferece pagamento via Pix por aproximação a partir de outubro, são fundamentais. Além disso, gigantes como Google já incorporaram o Pix ao Google Pay, facilitando ainda mais seu uso com comerciantes e serviços.
O Pix ainda enfrenta a limitação de não oferecer crédito, algo que os cartões de crédito suprem com maestria. No entanto, essa situação pode mudar com o desenvolvimento do Pix garantido, que está sendo estudado pelo Banco Central e permitirá parcelamento de Pix usando limite pré-aprovado do cartão de crédito ou cheque especial.