Previsão do fim da humanidade estaria em livro proibido da CIA
O rumor atiçou milhares de aficionados por teorias da conspiração
Nas redes sociais, a publicação do autor estadunidense Chan Thomas ganhou grande notoriedade entre os internautas. Escrito em 1960, é um dos textos favoritos dos entusiastas das teorias conspiratórias. Na época, Thomas publicou um ensaio para lá de polêmico, no qual apresentou uma hipótese sobre um ciclo de destruição em massa que ameaçaria a humanidade.
Segundo o texto publicado, seria possível prever cataclismos e, consequentemente, evitar que as pessoas desaparecessem da face da Terra. Entretanto, o manuscrito permaneceu guardado pela Agência Central de Inteligência (CIA) até que, após muitos anos, foi decidido torná-lo público.
Conheça o livro envolto de mistérios
O livro se intitula “A História de Adão e Eva: A Era dos Cataclismos” e despertou uma infinidade de teorias conspirativas sobre o fim dos tempos. Nas redes sociais, por exemplo, ganhou popularidade, uma vez que alguns influenciadores se basearam nele para alegar desastres naturais e ações políticas.
Em 2013, foram desclassificadas 50 páginas e, posteriormente, foi publicado um livro que detalha completamente a teoria proposta por Thomas. Segundo a sua versão, o autor se considerava um ex-funcionário da Força Aérea dos Estados Unidos e afirmou que os polos magnéticos da Terra se invertem a cada 6,5 mil anos em 90 graus. Ainda de acordo com ele, essa reversão foi a causa da extinção de várias civilizações.
Para Thomas, o primeiro dilúvio ocorreu com Adão e Eva, o segundo com Noé e a Arca, mas o terceiro não aconteceu e estaria próximo de ocorrer. Em janeiro deste ano, o tema foi discutido no podcast “Joe Rogan Experience“, de Joe Rogan, com a participação do youtuber Jimmy Corsetti. A discussão rapidamente se tornou viral.
No bate-papo, ambos os influenciadores citaram algumas anomalias naturais que poderiam ser explicadas por esse fenômeno mencionado por Thomas, especialmente o aquecimento global, o aumento dos oceanos e a crise alimentar. O site “Media Matters for America” informou que, entre janeiro e fevereiro, o podcast recebeu mais de 20 milhões de visualizações, gerando um alvoroço entre os seguidores das teorias conspiratórias.
Afinal de contas, o autor estava certo?
O autor do livro afirmava que, quando esse ciclo se completasse, um corpo celeste colidiria com o nosso planeta, provocando desastres como mudanças climáticas e extinções em massa. De acordo com o site norte-americano “History of Yesterday“, ao longo da história, alguns eventos desconcertaram os cientistas, como a última glaciação há pouco mais de 12 mil anos, que ocorreu de forma repentina e causou a extinção de várias espécies de animais.
Martin Mlynczak, cientista pesquisador principal do Centro de Pesquisa Langley da NASA, disse ao The Verge: “Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias. E não há provas, nem ciência, nem física que sustentem qualquer uma das alegações sobre a associação entre a mudança do campo magnético e as mudanças climáticas”. Ele acrescentou que, se o cataclismo ocorresse a cada 6,5 mil anos, seria visível pela quantidade de energia liberada. Em outras palavras, o discurso foi considerado desprovido de evidências científicas comprováveis.