Recentemente, o Mercado Livre anunciou uma grande mudança em suas operações logísticas no Brasil: a empresa implementou um sistema exclusivo de robôs. Eles foram projetados para aumentar a eficiência e acelerar o tempo de processamento de pedidos em até 20%, sendo integrados ao principal centro de distribuição da companhia, localizado em Cajamar (SP).
Com mais de 500 mil pacotes processados diariamente, a tecnologia tem como objetivo transformar a logística do Mercado Livre, garantindo entregas mais rápidas e elevando o nível de serviço oferecido aos consumidores brasileiros. Nas próximas linhas, veja como sistemas parecidos com os utilizados pela empresa pode afetar os trabalhadores humanos.
Robôs podem “roubar” vagas humanas
Na China, o avanço tecnológico permitiu a criação de robotáxis. No entanto, a classe trabalhadora chinesa, mais especificamente aqueles que atuam no setor de transporte, se encontram revoltados, acusando as máquinas de “roubar empregos” e ameaçar o sustento de milhões de famílias. Muitos estão com medo de que os robotáxis acabem com seus trabalhos, visto que o cenário está prestes a se tornar uma realidade cada vez mais palpável, levando a protestos e reclamações formais.
As máquinas que operam sem a necessidade de um condutor humano estão sendo vistas como uma ameaça direta aos empregos tradicionais. Em agosto, o governo chinês deu um passo crucial, emitindo 16 mil licenças de teste para veículos autônomos e abriu 32 mil km de estradas públicas para que os robôs possam circular.
Apesar dos robotáxis representarem apenas 1% do mercado de transporte em Wuhan, sua presença por si só já é o suficiente para gerar indignação dos trabalhadores chineses. A diferença de custo entre viagem em uma dessas máquinas e uma corrida tradicional é um dos principais pontos de tensão.
Impacto global
Embora a situação atual dos robotáxis na China esteja acontecendo em um dos países mais desenvolvidos tecnologicamente do planeta, o mercado internacional deve ficar atento, servindo como lição para diversos países, incluindo o Brasil — vide a estratégia do Mercado Livre. É apenas uma questão de tempo para que esse tipo de tecnologia chegue em terras brasileiras, exigindo a necessidade de preparação, seja para lidar com as possíveis perdas de empregos ou para aproveitar as novas oportunidades que surgirão.
Apesar de não ser algo imediato no Brasil, é certo que, eventualmente, os robotáxis farão parte do nosso cotidiano. Diante deste cenário, o desafio está em preparar a economia e a sociedade para essa mudança drástica, assegurando que a transição seja suavizada para os trabalhadores que dependem do setor de transporte para prover o próprio sustento.
Em linhas gerais, o novo sistema do Mercado Livre e a ascensão dos robotáxis na China é um sinal claro de que essa transição precisa ser cuidadosamente administrada para evitar um impacto negativo na classe trabalhadora global.