Antônio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni, moveu uma ação judicial contra a emissora Record. Ele exigiu um montante indenizatório no valor de R$ 20 mil por danos morais e direitos de imagem devido à veiculação da morte de sua esposa, Maria Aparecida Alves Nardoni, em fevereiro deste ano.
O caso está tramitando na 8ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A família Nardoni defende que a emissora controlada por Edir Macedo foi a única a noticiar o falecimento de Maria Aparecida, utilizando uma foto dela, o que consideram indevido. Ainda de acordo com a defesa, a falecida era extremamente reservada. Seu retrato jamais havia sido divulgado publicamente, exceto quando foi usado sem autorização pela Rede Record.
Exposição indevida
Os advogados da família Nardoni argumentam que Maria Aparecida sempre evitou qualquer exposição pública, optando por viver de forma discreta, rodeada apenas por familiares e amigos de confiança. A defesa destaca que a utilização da imagem da idosa causou grande consternação à família.
Ação movida contra a Record
Antônio Nardoni acredita que usar a foto de Maria Aparecida em uma notícia sem relevância direta para o público é uma violação aos direitos de imagem. A defesa acrescenta que a situação seria mais compreensível se a foto mostrada fosse de Alexandre Nardoni, devido à sua notoriedade. Os advogados também afirmam que a Record agiu de forma inadequada ao expor uma pessoa que sempre prezou pela discrição e privacidade.
O que diz a defesa dos Nardoni?
Os defensores dos Nardoni ressaltaram que houve uma clara falta de necessidade em mostrar a imagem de Maria Aparecida. Para eles, a prioridade deveria ser respeitar a privacidade da matriarca. Além disso, a família pediu uma liminar para a remoção de todos os vídeos e links sobre a morte de Maria Aparecida. No entanto, o juiz Pedro Rebello Bortolini indeferiu a solicitação, mantendo o conteúdo online. Vale mencionar que a audiência de conciliação ainda não tem data marcada.
Relembre o caso
Enquanto isso, Alexandre Nardoni, conhecido por sua sentença de 30 anos pelo assassinato da filha, Isabella, em 2008, deixou a prisão em maio deste ano após cumprir 16 anos da pena. O restante da sentença será cumprida em regime aberto. O assassinato da jovem chocou o Brasil, quando a menina de 5 anos foi lançada da janela do apartamento onde seu pai morava. O caso ainda reverbera na sociedade, e mais recentemente, reavivou debates sobre justiça e reinserção social.
Respeito à privacidade alheia
Todavia, o processo contra a Record nos mostra os limites da exposição midiática e os direitos de imagem, salientando a importância do respeito à privacidade das pessoas. Especialistas em direito consideram este caso um marco para futuras ações semelhantes. Em linhas gerais, o caso simboliza os desafios ao equilíbrio entre liberdade de imprensa e privacidade individual. Portanto, resta aguardar os próximos desdobramentos para saber como a Justiça brasileira irá proceder no caso envolvendo a família Nardoni.