O uso abusivo de medicamentos para emagrecimento está em foco no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adotou medidas rigorosas para controlar o consumo de medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e Mounjaro.
Desde ontem (23), a prescrição médica destes fármacos deve ter retenção na compra. A decisão busca conter o uso indevido desses medicamentos, originalmente desenvolvidos para tratar a diabetes tipo 2.
Especialistas alertam sobre os riscos do uso sem supervisão médica, o que pode acarretar efeitos colaterais graves e prejudicar pacientes que realmente precisam.
Medidas para controle rigoroso
A Anvisa analisou dados alarmantes do sistema VigiMed, que registrou um grande número de eventos adversos no Brasil relacionados ao uso fora das indicações. Este cenário levou à exigência obrigatória da retenção de receita nas farmácias.
Com isso, a saúde pública e o consumo abusivo dos medicamentos são pautas centrais. A prática de buscar emagrecimento rápido, sem acompanhamento médico, pode causar complicações sérias, incluindo desnutrição e perda de massa muscular.
Impacto na saúde pública
O uso inadequado de medicamentos agonistas GLP-1 também impacta a disponibilidade para diabéticos. Cresce a demanda para fins estéticos, comprometendo o estoque para pacientes que necessitam tratamento para condições já aprovadas.
Este cenário preocupa, pois a indisponibilidade devido ao abuso prejudicar pacientes com diabetes tipo 2, aumentando os riscos para a saúde geral.
Conscientização e educação
Além das restrições, existe um consenso sobre a necessidade de educar o público sobre o uso responsável desses medicamentos.
A conscientização sobre os perigos do uso sem prescrição médica deve ser intensificada. Profissionais de saúde são fundamentais na promoção de práticas seguras, visando esclarecer as consequências e riscos associados.