Líder máximo do PCC, Marcola é dado como ‘sumido’ em penitenciária

Ele é o principal responsável por criar uma das maiores organizações criminosas do mundo

De acordo com a coluna Na Mira, no portal Metrópoles, Marcos Willians Herbas Camacho, popularmente conhecido como Marcola, segue em regime isolado prolongado na Penitenciária Federal de Brasília (PFBra). Inclusive, uma petição sobre o tema, que tramita em segredo de Justiça, foi encaminhada ao juiz corregedor da prisão.

Segundo o documento obtido pela coluna, parentes do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) estão preocupados com a saúde mental do detento. Os familiares relataram, durante visitas, que Marcola apresentou sinais de desorientação e confusão, além de indicar “oscilações na percepção da realidade”.

Além disso, a petição destacou que, desde março de 2024, o preso foi colocado em regime de isolamento total, sem contato com outros detentos da PFBra. No pedido, a defesa de Marcola alegou que a situação perdura até os dias de hoje, o que teria causado mudanças significativas no comportamento de Marcola e evidenciando um impacto negativo na saúde mental do líder máximo do PCC.

Defesa tenta reverter a situação

Para os advogados de Marcola, é de suma importância que o detento seja submetido a uma avaliação psicológica com urgência, para que sejam mensurados possíveis danos causados pelo isolamento à saúde psíquica dele. Ainda, foi pedido que a Direção da Penitenciária Federal de Brasília apresente uma justificativa detalhada sobre o motivo da manutenção do criminoso em isolamento total por tanto tempo. Agora, o caso depende da decisão do juiz corregedor da PFBra, que deverá avaliar os pedidos apresentados pela defesa pela família de Marcola.

Marcola pede R$ 74 mil à União por vídeos vazados

O líder do PCC pediu R$ 74 mil à União por conta de vídeos e áudios vazados dele na prisão de Brasília. A petição foi protocolada em novembro de 2023, mas a defesa recuou da ação em dezembro do mesmo ano. As gravações de conversas de Marcola com familiares foram publicadas por jornais. Os vídeos são referentes ao período de 3 de novembro de 2021 e 12 de janeiro de 2022.

Na petição, o advogado de Marcola disse que o vazamento das gravações é uma “violação” do direito à intimidade do detento. A defesa também afirmou que foram vazados diálogos do líder do PCC com uma de suas advogadas.

Transferências prisionais

Ele foi transferido da Penitenciária Federal de Porto Velho (PFPV) para a PFBra no fim de janeiro de 2023. As principais lideranças da organização criminosa, incluindo Marcola, ingressaram no Sistema Penitenciário Federal em fevereiro de 2019 após a descoberta dos planos de fuga, invasão e sequestro.

A transferência do Marcola para a PFBra foi confirmada apenas em novembro do ano passado, após o setor de inteligência das penitenciárias federais identificar planos em andamento para sequestrar e matar policiais penais federais. O PCC teria elaborado três planos para resgatar o seu líder:

  • 1º plano: previa a invasão da PFBra;
  • 2º plano: incluía o sequestro de autoridades da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e de seus familiares;
  • 3º plano: seria uma “missão suicida”, visto que a ideia era que Marcola desse início a uma rebelião dentro do presídio federal e usasse um policial como refém.
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