A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente o uso do medicamento Mounjaro (tirzepatida) para tratamento de obesidade.
Esta decisão, anunciada no Diário Oficial, amplia o uso anteriormente restrito ao tratamento de diabetes tipo 2.
O medicamento injetável agora oferece uma nova esperança para os milhões de brasileiros que lidam com a doença.
Como funciona o medicamento?
O Mounjaro é administrado semanalmente por meio de uma caneta injetável, disponível em dosagens iniciais de 2,5 mg e 5 mg.
Ele se destaca ao atuar em dois hormônios responsáveis pela regulação do apetite, proporcionando uma eficaz redução de peso. Estudos demonstram que a tirzepatida pode alcançar uma redução média de peso corporal superior a 20%.
Vantagens e limitações do Mounjaro
Apesar de sua promessa de eficácia, o custo do Mounjaro pode se tornar um desafio significativo para muitos pacientes.
Os preços previstos variam entre R$ 1.406,75 e R$ 2.384,34, dependendo das condições da compra e adesão a programas de fidelidade da fabricante. Ainda não há definição oficial sobre preços finais após a aprovação.
Além disso, para garantir o uso responsável, a Anvisa exige prescrição e retenção das receitas médicas. Pacientes devem ter um índice de massa corporal (IMC) acima de 30, ou um IMC de 27 com comorbidade associada, para serem considerados elegíveis para o tratamento.
Expectativas
Nos próximos meses, espera-se que o Brasil integre o Mounjaro às terapias existentes para obesidade. As medidas restritivas impostas visam assegurar que o medicamento seja usado de forma correta e eficaz.
Enquanto o abastecimento futuro de doses mais altas ainda aguarda definição, a chegada do Mounjaro significa um avanço significativo no combate à obesidade.