Prepare o bolso: conta de energia acaba de ficar mais cara
As tarifas de energia elétrica no Brasil sofreram um aumento significativo. Desde esta terça-feira (1º), a bandeira tarifária será vermelha nível 2, o nível mais alto de cobrança adicional. Esta medida estará em vigor durante todo o mês de outubro e reflete a crise hídrica enfrentada pelo país, elevando o custo de geração de energia.
Com a bandeira vermelha 2, haverá uma cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 KWh (quilowatt-hora) consumidos. Este não é apenas um ônus para os consumidores, mas também um fator que deve influenciar o índice de inflação, pressionando ainda mais o orçamento familiar. Em contraste, setembro teve uma cobrança menor com a bandeira vermelha nível 1, de R$ 4,46 por 100 KWh.
O que motivou a bandeira vermelha 2?
A decisão de instaurar a bandeira vermelha 2 foi tomada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A principal razão é a abrangente seca que afeta diversas regiões do Brasil, causando níveis historicamente baixos nas reservas de água das hidrelétricas. Isso pressiona o sistema energético a recorrer a usinas termelétricas, que têm custos de operação mais elevados.
Dentre os indicadores que influenciaram essa mudança estão o GSF (risco hidrológico) e o PDL (Preço de Liquidação de Diferenças). Ambos são fortemente impactados pela previsão de menor volume de água nos reservatórios, elevando o custo de energia no mercado ao longo de outubro.
Como a seca afeta o suprimento de energia
Desde o começo de 2024, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) já vinha alertando sobre a baixa vazão esperada para o ano, especialmente nos meses mais secos. Em resposta, medidas foram sugeridas ao governo federal para garantir a oferta de energia durante os momentos de pico de demanda, como a tardinha e a noite.
Entre essas medidas, está a entrada antecipada da Termopernambuco, da Neoenergia, que deveria começar a operar somente em 2026, mas que agora ajudará a suprir a demanda energética em outubro e novembro. Essa ação reflete a necessidade urgente de se adaptar à grave situação climática que o país enfrenta.