Brasil e Argentina terão moeda única? O real vai acabar?

O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou recentemente que a possibilidade de se ter uma moeda única entre Brasil e Argentina para transações comerciais pode se tornar realidade. Desde que assumiu, Lula fez sua primeira viagem internacional para o país vizinho.

No encontro com o atual presidente argentino Alberto Fernándes, Lula abordou em carta conjunta que a moeda sul-americana pode ser usada para fluxos financeiros como comerciais, reduzindo os custos operacionais e diminuindo vulnerabilidade externa. “Por que não tentar criar uma moeda comum como se tentou entre os países dos Brics?”, abordou Lula em discurso.

A implementação da moeda visa apenas facilitar transações entre os países sem recorrer ao dólar como cotação oficial. A moeda, batizada como “sur” (sul), seria ainda diferente do euro, que é moeda oficial da União Europeia e substituiu outras moedas nacionais de 20 países do bloco econômico (apenas 7 países mantiveram sua moeda).

A proposta é que a moeda seja virtual, o que não substituiria as moedas em circulação no Brasil ou na Argentina. No entanto, Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, desmentiu sobre possível moeda em comum.

Objetivo de moeda única é acabar com dólar

O dólar americano é a principal moeda de operações financeiras do mundo. Foi adotada como reserva global de valor em 1944, assinado pelo Acordo de Bretton Woods. Com isso, diversos bancos mundiais tem parte de sua riqueza em dólares, determinando seu poderio econômico a partir dela.

Ao longo dos anos, no entanto, houve diversos esforços para abandonar o dólar em alguns países. A China, por exemplo, já realizou acordos para que as trocas comerciais com outros países fossem na moeda nacional chinesa.

A criação de uma possível moeda única para os países do Mercosul teria, assim, o objetivo de se protegerem de sanções impostas por potências estrangeiras.

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