Abono Natalino do Bolsa Família é analisado pela Comissão em projeto

Se aprovado, os beneficiários poderão receber uma quantia adicional em sua parcela

Entre os projetos em pauta pela comissão do Senado Federal na última semana, podemos destacar a alteração da lei do Bolsa Família para assegurar um abono natalino para todos os 20 milhões de beneficiários do programa de transferência de renda. A ideia é ampliar o suporte dado aos mais vulneráveis, proporcionando um grande alívio financeiro na reta final do ano.

Na última terça-feira (27), o colegiado pautou a alteração da lei que estabelece o Bolsa Família para garantir que as famílias agraciadas pelo programa recebam o pagamento em dobro no mês de dezembro, chamando-o de abono natalino. No entanto, até o fechamento desta matéria, não há uma resposta definitiva. Isso porque a proposta terá que passar por votação antes de ser implementada.

O Bolsa Família paga 13º?

Na última rodada de pagamentos do programa, encerrada no dia 31 de agosto, o Governo de Pernambuco concedeu o 13º do Bolsa Família, no valor de R$ 150. Contudo, trata-se de uma iniciativa estadual, ou seja, apenas as famílias pernambucanas tiveram acesso à quantia. Isso só foi possível devido ao Pernambuco Sem Fome, iniciativa que visa mitigar os impactos da insegurança alimentar no Estado.

Todavia, cabe mencionar que, no passado, a gestão encabeçada por Jair Messias Bolsonaro concedeu uma espécie de 13º para todas as famílias inscritas no programa. Na época, o Bolsa Família foi substituído pelo Auxílio Brasil. A partir daí, em uma de suas promessas de campanha, o então presidente garantiu que faria um pagamento adicional no fim do ano. Apesar de cumprir a promessa, o repasse só foi feito uma vez durante o seu mandato, com o governo alegando que a medida representaria um alto custo aos cofres públicos.

Adicionais do Bolsa Família

Como é de se imaginar, qualquer possibilidade de ampliar o benefício mensal é bem vista pelas famílias inscritas no programa, uma vez que o montante recebido é de suma importância para sua subsistência. Com a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República, o Bolsa Família foi reativado e, para se adaptar à nova realidade, foi totalmente reformulado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Desde março de 2023, o programa social oferece seis benefícios aos seus segurados, dependendo da composição familiar e número de integrantes. A ideia é suprir as necessidades específicas dos contemplados, tendo em vista que cada família possui suas particularidades. Abaixo, confira a nova composição do Bolsa Família:

  • 1. Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 para cada membro da família;
  • 2. Benefício Complementar (BCO): garante que todas as famílias do programa recebam, no mínimo, R$ 600, acrescentando o valor necessário para alcançar a quantia;
  • 3. Benefício Primeira Infância (BPI): adicional de R$ 150 para famílias com crianças de zero a seis anos (limitado a dois infantes);
  • 4. Benefício Variável Familiar (BVF): extra de R$ 50 para gestantes ou crianças e adolescentes na faixa etária entre seis e 18 anos incompletos;
  • 5. Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 para mães de bebês com até seis meses de idade (nutriz);
  • 6. Benefício Extraordinário de Transição (BET): assegura que as famílias recebam a mesma quantia recebida no Auxílio Brasil. Válido até maio de 2025.
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