Desde a sua liberação, em outubro de 2022, o empréstimo consignado do Auxílio Brasil tem sido alvo de diversas polêmicas. Muitas instituições financeiras e especialistas declararam que o produto de crédito não era o mais recomendável para o público ao qual se destina.
Dessa forma, a preocupação tem sido com o endividamento da população mais carente, que recebe o auxílio mensal do governo para ajudar com custos básicos familiares, como alimentação.
Por isso, muitos beneficiários que aderiram a modalidade de crédito agora aguardam uma decisão do novo governo para os ajudar com a dívida contraída através do empréstimo consignado.
O presidente Lula (PT) não deve conceder o perdão da dívida referente ao consignado do Auxílio Brasil – que continua a ter suas parcelas debitadas do valor mensal concedido pelo Bolsa Família aos beneficiários – mas outras ações serão realizadas.
A pauta tem sido observada pelo governo e deve apresentar boas novidades em breve, considerando a suspensão na contratação da modalidade de crédito desde a metade de janeiro pela Caixa Econômica Federal.
Além disso, já foi divulgado que haverá um programa para ajudar famílias endividadas, o Desenrola Brasil, que deve ser lançado pelo governo ainda no primeiro semestre deste ano.
O que a revisão do empréstimo do Auxílio Brasil deve resolver?
Agora, o crédito passa por um momento de revisão geral. A nova presidente da Caixa, Rita Serrano, revelou que existem dois motivos para a suspensão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil.
A presidente lembrou que o programa social está passando por uma revisão nos cadastros das famílias beneficiárias, dessa forma, não é interessante que famílias consigam contratar o crédito neste momento já que ainda não se sabe quem vai permanecer recebendo os repasses mensais do Bolsa Família.
Também há outro motivo que o atual governo tem dado bastante atenção, trata-se dos juros mensais do empréstimo, que podem chegar a 3,5%. A porcentagem é considerada alta já que o crédito consignado retira a parcela comprometida ainda na folha de pagamento, com risco menor de atrasos.
Assim, em breve o governo deve divulgar as ações que serão destinadas a ajuda de beneficiários que comprometeram parte do seu benefício com o pagamento do empréstimo. O comprometimento podia chegar a até 40% de R$ 400, parcela mínima permanente do Auxílio Brasil.