Muitos andam se perguntando o que será feito da dívida do consignado do Auxílio Brasil. Pelo que informou o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, quem pegou o crédito será incluído no programa Desenrola Brasil, que o governo pretende lançar em breve.
Além da proposta de renegociação da dívida, também está sendo estudada a possibilidade de anistia da dívida de crédito. Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, confirmou que existe o interesse no perdão de dívidas não pagas do empréstimo do Auxílio Brasil. Entretanto, nada foi confirmado ainda.
Risco de endividamento do Auxílio Brasil
Desde que o consignado do Auxílio Brasil começou a ser liberado para, especialistas vem alertando para o auto risco de endividamento, uma vez que as famílias que tiveram acesso ao consignado se encontravam em grupos de vulnerabilidade socioeconômica e dependiam diretamente do Auxílio Brasil para sobreviver.
Como o crédito consignado é debitado direto da folha de pagamento do benefício, não existe a possibilidade de o devedor não pagar a conta. Dessa forma, 40% do benefício é descontado todo mês, ou seja, são descontados R$ 160 do Auxílio Brasil do beneficiário.
A opção de refinanciamento da dívida poderia diminuir o valor da parcela descontado. Além disso, outra questão que pode ser renegociada é a taxa de juros. Até o momento, a taxa de juros do consignado é de 3,45%. O pedido do governo federal é de que essa taxa fique próxima a aplicada a empréstimos consignados dos segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Por que o perdão da dívida pode não acontecer?
Além da Caixa Econômica Federal, outros bancos e instituições financeiras também liberaram o crédito. Uma vez que seja aplicado o perdão da dívida, o governo federal precisará arcar com o débito. Isso significa que o Governo Federal precisará pagar os R$ 9 bilhões em nome dos beneficiários.
Como o novo governo não possui verba suficiente para isso, é pouco provável que a anistia seja aplicada. Principalmente porque poderia ser tirado do próprio programa de transferência de renda, Bolsa Família. Essa opção poderia prejudicar o programa que ainda não começou.