URGENTE! CAIXA CANCELA O CONSIGNADO DO AUXÍLIO BRASIL APÓS DERROTA DE BOLSONARO

Uma reportagem do site UOL publicada na manhã desta sexta-feira (25) afirma que a Caixa Econômica Federal suspendeu novas contratações e liberações do empréstimo consignado para beneficiários do Programa Auxílio Brasil no dia 14 de novembro, no entanto, o banco público ainda não divulgou o cancelamento oficialmente.

Os trabalhos relacionados ao consignado foram paralisados na semana anterior ao segundo turno das eleições por uma orientação do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), que estava investigando se um possível uso do crédito para fins eleitorais pelo governo Bolsonaro poderia estar prejudicando a Caixa, que é uma empresa pertencente ao estado.

Em seu relatório final, o ministro disse que o uso eleitoral deveria ser investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e afirmou não ter encontrado irregularidades que pudessem provocar prejuízos ao banco, orientando que o crédito poderia voltar a ser ofertado normalmente na primeira semana de novembro.

Porém, no início do mês, a Caixa informou que os trabalhos relacionados ao consignado do Auxílio Brasil seriam suspensos por duas semanas, tempo necessário para que o banco, a Dataprev e o Ministério da Cidadania fechassem a folha de pagamentos do programa de transferência de renda, e por conta disso, o empréstimo deveria voltar a ser liberado para novas contratações no dia 14 deste mês.

Empréstimo do Auxilio Brasil é cancelado

No entanto, o que aconteceu na prática é que desde a suposta liberação para novas contratações, no dia 14 de novembro, o aplicativo Caixa Tem e os sistemas das agências da Caixa Tem negado a grande maioria dos novos pedidos do consignado do Auxílio Brasil, e segundo a reportagem do UOL, isso se deve a uma mudança interna nas regras para concessão do empréstimo.

A reportagem afirma ter conseguido documentos repassados internamente para os funcionários das agencias afirmando que as regras e exigências para a liberação do empréstimo do Auxílio Brasil e de outras modalidades de crédito tinham sido alteradas para os clientes que oferecem o maior risco de inadimplência, que são a grande maioria dos beneficiários do Auxílio Brasil.

Cancelamento do consignado do Auxílio Brasil na Caixa

Segundo o UOL, o que chama a atenção também é que as novas regras foram estabelecidas no dia 14 de novembro, data em que o crédito foi liberado para contratação novamente, dessa forma, apesar da liberação do empréstimo do Auxílio Brasil na teoria, na prática o banco parou de aprovar as solicitações já feitas e não autoriza mais novos pedidos.

O site também informou que confirmou o recebimento dos documentos com funcionários de três estados diferentes, sendo que um funcionário de uma agência da Caixa em Curitiba (PR) relatou para a reportagem que “no período eleitoral, fazíamos cerca de 30 consignados do Auxílio por dia, poucos eram negados. Agora, quase todos são negados”.

No início da oferta do crédito o banco público até informou algumas regras que precisavam ser seguidas para que os beneficiários do Auxílio Brasil conseguissem contratar o empréstimo consignado, mas nunca revelou na totalidade quais eram os critérios analisados.

Empréstimo consignado do Auxílio Brasil

Até o momento a Caixa não anunciou oficialmente que cancelou o consignado e nem que mudou as regras, mas informou ao UOL que “a concessão de crédito obedece a critérios internos de governança, com base no contexto de mercado, no monitoramento de seus produtos e nas estratégias do banco”.

O empréstimo consignado para beneficiários do Programa Auxílio Brasil foi liberado para contratação pelo Ministério da Cidadania no dia 10 de outubro, quando doze empresas foram autorizadas a ofertar o crédito, sendo a Caixa o único grande banco e a única estatal a trabalhar com o empréstimo.

Das doze empresas, apenas quatro trabalharam de fato com o consignado, mas era a Caixa que tinha a maior relevância, e desde a semana anterior as eleições os beneficiários já não conseguem mais solicitar o empréstimo e nem receber uma posição clara sobre os pedidos já realizadas que ainda estão em processamento ou que foram negados.

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