Urgente! Empréstimo consignado do Auxílio Brasil está BLOQUeADO no Meu Tudo?

O Meu Tudo, site e aplicativo que vinha ofertando o empréstimo consignado para beneficiários do Programa Auxílio Brasil juntamente com a Caixa Econômica Federal, anunciou que paralisou a oferta do crédito temporariamente, e por conta disso, beneficiários interessados no consignado devem procurar outras empresas.

O comunicado foi feito pela empresa no início do mês, que justificou a decisão afirmando que o grande número de pedidos do consignado do Auxílio Brasil recebidos nos últimos dias comprometeu a capacidade do Meu Tudo de operar o empréstimo, no entanto, a empresa também afirma que é possível que volte a ofertar o crédito após a situação se normalizar.

“Prezando pela transparência e pelo comprometimento que temos com nossos clientes, informamos que a contratação do empréstimo Auxílio Brasil está temporariamente pausada na Meu Tudo. Foi preciso tomarmos esta decisão por conta do alto fluxo de pedidos que recebemos nos últimos dias, o que acabou comprometendo a nossa operação”.

Comunicado no site do Meu Tudo

Ainda de acordo com o comunicado do Meu Tudo, os beneficiários interessados em contratar o empréstimo do Auxílio Brasil podem se dirigir até outro banco ou financeira, como a Caixa, por exemplo, porém, caso não tenham pressa de receber os valores, as famílias também podem decidir aguardar, e serão informadas se a operação for retomada.

Meu Tudo paralisa a oferta do consignado do Auxílio Brasil

O Meu Tudo é uma das doze empresas que se inscreveram e que foram liberadas pelo Ministério da Cidadania para ofertar o consignado do Auxílio Brasil, e além disso, ela foi uma das poucas que manteve a intenção de trabalhar com o crédito depois que o governo anunciou o teto para as taxas de juros.

Apesar de não aparecer nominalmente na lista de empresas liberadas, o Meu Tudo pode ofertar o empréstimo porque é uma correspondente bancária da empresa QI Sociedade de Crédito Direto S/A, que foi autorizada pelo Ministério da Cidadania para trabalhar com o crédito, e vinha desde o dia 10 de outubro aceitando propostas dos beneficiários.

Empréstimo consignado do Auxílio Brasil paralisado

O Meu Tudo não é o único a abrir mão de trabalhar com o consignado do Auxílio Brasil, já que antes mesmo do empréstimo ser liberado pelo governo a grande maioria dos bancos e financeiras do país anunciaram que não tinham interesse no crédito por conta do alto risco de prejuízo para as empresas.

Isso porque, diferente de benefícios da Previdência Social, que em sua maioria são definitivos, o benefício do programa de transferência de renda pode ser suspenso a qualquer momento se o beneficiário deixar de cumprir as regras e exigências do Auxílio Brasil.

Nestes casos, a regulamentação do empréstimo determina que a dívida não pode ficar para a união, cabendo aos próprios beneficiários continuarem a pagar as parcelas se deixarem de receber o benefício, no entanto, estes potenciais clientes pertencem a famílias em situação de vulnerabilidade social, aumentando o risco de inadimplência, e consequentemente de prejuízo para essas empresas.

Caixa também paralisou o consignado do Auxílio Brasil, mas não oficialmente

De acordo com o Meu Tudo, interessados no empréstimo do Auxílio Brasil tem a opção de recorrer a outras empresas, porém, o único grande banco que continua a ofertar o crédito é a Caixa, que paralisou os trabalhos na semana anterior ao segundo turno das eleições e afirmou ter retomado no último dia 14, liberação que na prática não tem ajudado as famílias.

Desde que os trabalhos com o consignado foram liberados na segunda-feira da semana passada, beneficiários afirmam que não conseguem realizar novas solicitações no aplicativo Caixa Tem, e aqueles que já solicitaram não conseguem obter respostas, ainda que já tenham se passado duas semanas.

Já nas agências, beneficiários encontram funcionários que não foram preparados pelo banco para orientá-los, e costumam sair do local com as mesmas dúvidas com que entraram e sem saber a quem recorrer para serem informados sobre possíveis novas contratações ou sobre o andamento de pedidos já realizados, situação que prejudica ainda mais as famílias mais vulneráveis do país.