Auxílio Brasil PERMANENTE de R$600: REVELADO O QUE É NECESSÁRIO PARA MANTER O VALOR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou mais uma vez, em uma entrevista à Suno Research, nesta quinta-feira (27), que é preciso aprovar uma Reforma Tributária que permita taxar lucros e dividendos para manter os pagamentos de R$600 do Programa Auxílio Brasil em 2023.

Guedes reiterou que o seu chefe, o atual presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), vê como prioridade manter os pagamentos de R$600 do programa de transferência de renda no ano que vem, no entanto, isso só será possível se a reforma permitir taxar os lucros e dividendos recebidos de grandes investimentos, o que, em tese, significa que os mais ricos pagariam para manter as famílias mais pobres do país.

“A prioridade absoluta é a garantia do Auxílio Brasil. Mais que triplicamos o programa e queremos garantir esse programa. A primeira coisa que temos que fazer é a tributação de lucros e dividendos para financiar esse auxílio. Isso já estava na Reforma Tributária”

Paulo Guedes, ministro da Economia

Dividendo é uma remuneração que as empresas com ações na Bolsa de Valores e os Fundos Imobiliários fazem, periodicamente ou não, a seus acionistas, ou seja, aquelas pessoas que são proprietárias de ações ou cotas, no caso dos fundos, dessa forma, todos aqueles que detém ações e recebem dividendos acima dos R$500 mil ao mês são os que precisarão pagar o novo imposto proposto por Guedes, caso ele realmente seja criado.

Auxílio Brasil de R$600 em 2023

Paulo Guedes também justificou o seu posicionamento em relação a tributação de lucros e dividendos para manter os R$600 do Auxílio Brasil afirmando que “são mais de R$300 bilhões por ano auferidos em lucros e dividendos que pagam zero, e finalizou dizendo que “isso não é socialmente justo”.

No início de agosto, Bolsonaro já havia sugerido a taxação de lucros e dividendos para quem ganha acima de R$400 mil por mês, com o objetivo de pagar R$195 para as famílias e alcançar os R$600, enquanto o seu adversário na corrida eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também promete manter o valor pago atualmente pelo programa de transferência de renda, mas sem confirmar oficialmente qual estratégia pretende adotar.

Auxílio Brasil no ano que vem

Uma proposta para manter o valor de R$600 do Auxílio Brasil em 2023 só se faz necessária porque a lei garante o mínimo de R$400 para os beneficiários neste ano e R$405 no ano que vem, e os R$200 a mais que estão sendo pagos desde agosto só devem ser repassados para as famílias até dezembro, por isso, para manter os R$600 a partir de janeiro, será necessário que o novo governo apresente uma nova proposta ao Congresso, independente de quem for eleito.

Entretanto, o secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, afirmou recentemente que manter os pagamentos do Auxílio Brasil em R$600 em 2023 custaria entre R$50 bilhões e R$60 bilhões a mais, deixando o governo sem espaço orçamentário para investimentos e até mesmo para as despesas do dia a dia, motivo que teria levado a equipe do governo a considerar apenas R$405 para 2023.

Ou seja, a própria equipe econômica já admite que não há espaço no Orçamento para pagar os R$195 a mais no ano que vem, motivo que tem levado os candidatos a criarem meios, como um novo imposto para os mais ricos, com o objetivo de financiar os R$600 do Auxílio Brasil, porém, independente de quem venha a ser eleito, será necessário muita negociação com o Congresso para a criação de um novo imposto, e por isso, os R$195 a mais podem não ser pagos nos primeiros dias do novo governo.

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