Após décadas em operação, os sinais de internet móvel 2G e 3G estão com os dias contados no Brasil. A decisão, tomada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), destaca a migração iminente para redes mais modernas, como o 4G e o recém-chegado 5G.
Essa transição, que afeta operadoras como TIM, Claro e Vivo, foi iniciada através de uma consulta pública. A Superintendência de Outorgas e Recursos da Anatel conduziu essa consulta, que permanece aberta por 30 dias, permitindo que tanto usuários quanto fabricantes de equipamentos e operadoras possam contribuir para o debate sobre o futuro das telecomunicações no país.
Como a mudança será implementada
A suspensão dos sinais de 2G e 3G implicará na liberação de frequências, previamente ocupadas por essas tecnologias, para novos usos mais eficientes. Um dos objetivos da medida é otimizar o espectro de radiofrequências para as mais avançadas redes de 4G e, especialmente, 5G.
Dessa forma, os recursos antes comprometidos com tecnologias obsoletas poderão ser canalizados para inovações e melhorias nas redes atuais.
Importante frisar que a decisão não apenas desativa as frequências de 2G e 3G, mas também suspende a homologação de novos dispositivos que funcionem apenas com essas tecnologias, o que força o mercado a adotar plenamente as opções mais modernas. Essa ação planejada é vista como um passo necessário para manter o Brasil competitivo tecnologicamente.
Por que a Anatel decidiu pelo fim das redes 2G e 3G?
A justificativa central para essa decisão é o declínio acentuado no número de usuários de 2G e 3G. Já houve um tempo em que essas redes suportavam 200 milhões de linhas. Atualmente, restam menos de 20 milhões de usuários ativos, segundo dados da Teleco.
Em contrapartida, o 4G predomina e o 5G cresce exponencialmente, atendendo a mais de 10 milhões de usuários mesmo após pouco tempo de lançamento.