Maior concorrente de Elon Musk deve se instalar no Brasil em breve

O excêntrico bilionário tem perdido cada vez mais espaço em terras brasileiras pode conta de suas atitudes controversas

A empresa francesa de tecnologia E-Space, uma das principais concorrentes da Starlink, companhia do bilionário Elon Musk, foi autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), na semana passada, a iniciar o fornecimento de internet por satélites em terras brasileiras. O aval da operação foi dada pela Agência em abril deste ano. No entanto, a primeira parcela do licenciamento, no valor de R$ 20 mil, só foi paga dias antes do comunicado feito pelo órgão governamental. Com a chegada da organização, o mercado promete ficar mais acirrado.

De acordo com a decisão, a E-Space precisa iniciar o fornecimento do serviço em até dois anos. Caso não se cumpra o prazo determinado pela Anatel, a organização de origem francesa pode perder a licença no território nacional, sendo preciso passar por todo o processo de autorização novamente. O pedido foi apresentado pela companhia em julho do ano passado e foi alvo de consulta pública devido às frequências utilizadas — entenda mais sobre o tema ao fim da matéria.

Nos dias de hoje a empresa francesa de tecnologia está operando por meio da E-Space Brazil Holdings e poderá instalar até 8.640 satélites de baixa órbita. Inclusive, com esse número, a companhia superará o número de aparelhos que a Starlink está autorizada a operar no país – atualmente o máximo são 4,4 mil satélites.

A E-Space informou recentemente que a constelação é formada por equipamentos de tamanho reduzido, com capacidade para resistir às colisões e coletar detritos deixados por outros na mesma faixa da órbita terrestre Todavia, até o fechamento desta matéria, a principal rival da empresa de Musk no segmento de internet não informou o número de satélites que estão funcionando, mas três foram lançados em 2022 como demonstração de funcionamento.

Foco diferenciado

Embora possua autorização e a documentação necessária para usar uma constelação maior do que a da empresa do empresário sul-africano e dono do X (antigo Twitter), a E-Space traz equipamentos de menor capacidade. Os satélites Semaphore utilizam as frequências UHF/VHF de 340 a 370 MHz (enlace de subida) e de 267 a 297 MHz (enlace de descida). Isso porque o foco da operação é oferecer conexão para dispositivos de internet das coisas (IoT), mas a companhia afirma que também atende outros tipos de aplicação com baixo consumo de dados.

Além disso, a tecnologia pode ser usada em chamadas de voz e transmissão de vídeos. Fundada por Greg Wyler, responsável por criar as operadoras OneWeb e O3B Networks, a E-Space tem planos de lançar pelo menos 100 mil satélites futuramente, oferecendo internet via satélite em todo o mundo de maneira prática e rápida.

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