Os bancos que aderiram ao sistema PIX devem criar, a partir de 2025, um alerta de golpes para transações suspeitas. A decisão foi tomada pelo Banco Central (BC) no dia 12 de setembro deste ano, durante uma reunião no Fórum PIX, um grupo que envolve prestadores de serviços de pagamento e usuários finais da ferramenta, sob coordenação da própria autarquia monetária brasileira.
Vale destacar que o BC não ficará encarregado de criar tais parâmetros, visto que eles devem ser implementados dentro de seis meses a partir da alteração do manual que estabelece os requisitos mínimos para experiência do usuário (UX, na sigla em inglês). A última atualização do documento ocorreu em julho de 2023. Em outras palavras, a criação do alerta, como ele será feito e os critérios serão de responsabilidade de cada instituição financeira.
Como se proteger de golpes dessa natureza?
Nos dias de hoje, o PIX figura como o principal mecanismo de transferência instantânea, facilitando a vida de todos os brasileiros que utilizam o mecanismo. No entanto, devido sua grande popularidade, criminosos se aproveitam para aplicar golpes. Nas próximas linhas, conheça os principais métodos utilizados pelos golpistas e como se proteger.
- WhatsApp clonado
Essa prática possui duas variantes. O criminoso pode tentar clonar o mensageiro para usá-lo e aplicar golpes em seus contatos ou se passar por um amigo para pedir ajuda financeira via PIX.
- Falso atendimento bancário
O criminoso se passa por um funcionário do banco ou de um serviço de suporte técnico e solicita dados bancários ou induz a realizar uma transferência via PIX. Geralmente, a abordagem pode correr pelo WhatsApp, ligação, SMS e e-mail.
- QR Code falso
O golpista cria um QR Code falso para receber o dinheiro que deveria ir para outra conta. Em algumas situações, o código pode levar para um site fraudulento, que induz ao pagamento por meio do PIX.
Dicas de segurança
- 1. Confira todos os dados do destinatário antes de realizar a transferência;
- 2. Não clique em links suspeitos de destinatários desconhecidos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais;
- 3. Cadastre as chaves PIX diretamente no aplicativo da instituição financeira que utiliza;
- 4. A confirmação da criação da chave PIX não é feita por ligação ou link;
- 5. Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar sua identidade por ligação telefônica, chamada de vídeo ou pessoalmente.
- 6. Desconfie de promoções ou táticas para ganhar dinheiro após realizar transferências via PIX.
Caso tenha caído em um golpe, informe ao banco que foi vítima e peça o ressarcimento do PIX. Isso deve ser feito dentro do prazo de 80 dias após a transação. As instituições financeiras envolvidas analisam o caso e dão sua resposta em até sete dias. Se confirmarem a fraude, o dinheiro é devolvido em até 96 horas, desde que a conta recebedora tenha saldo.