A influência da inteligência artificial (IA) nas empresas tem crescido rapidamente, com uma pesquisa recente da PWC indicando que 60% dos CEOs acreditam que a IA generativa pode elevar a qualidade de produtos e serviços. Essa tecnologia representa um salto significativo na forma como os negócios operam e se relacionam com os clientes.
O evento Macro Vision, promovido pelo Itaú BBA, reuniu especialistas para discutir essa questão, incluindo Vasi Philomin, vice-presidente de Inteligência Artificial Generativa da AWS, e Daniela Amodei, presidente da Anthropic. A discussão girou em torno das aplicações da IA nos negócios, mudanças no mercado de trabalho e as tendências futuras.
Aplicações da inteligência artificial no mercado atual
Um aspecto destacado foi a já consolidada presença da IA no cotidiano das empresas. Ferramentas como chatbots e assistentes virtuais, bem como a geração automatizada de conteúdo e código, são exemplos de aplicações correntes. Segundo Vasi Philomin, setores como saúde e fintechs estão entre os que mais eficientemente adotaram estas tecnologias.
A empresa farmacêutica Pfizer, por exemplo, já incorporou 19 mil projetos baseados em IA, prevendo uma economia potencial de até US$ 750 milhões. Em serviços financeiros, a Nasdaq usa IA para detectar fraudes, alcançando uma eficácia de 33% nessas investigações.
Tecnologia e negócios
Os especialistas enfatizaram a necessidade de uma integração mais estreita entre as equipes de tecnologia e os departamentos de negócios. Ricardo Guerra, do Itaú Unibanco, ressaltou que é crucial para as empresas compreenderem a tecnologia à medida que desenvolvem suas estratégias empresariais.
Daniela Amodei acrescentou que a IA deve ser vista como uma ferramenta que amplia o potencial humano, liberando colaboradores de tarefas repetitivas para tarefas que requeiram maior inteligência emocional e criatividade.
A segurança e a regulação da IA também foram temas centrais na discussão. A Anthropic está desenvolvendo a IA institucional com diretrizes éticas predefinidas, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, para garantir um comportamento imparcial e seguro dos sistemas inteligentes.