Disney+ vira um fracasso no Brasil e toma decisão urgente para reverter situação
Novas medidas serão implementadas para reverter o cenário catastrófico em solo nacional
Após pouco mais de dois anos desde a sua chegada em terras brasileiras, a plataforma de streaming Disney+ não agradou os consumidores, forçando a gigante do entretenimento a relançar seu serviço com uma outra cara. A mudança, programada para a próxima quarta-feira (26), visa reverter um dos maiores fracassos da empresa nos últimos tempos.
Os motivos para cair no desgosto dos amantes por filmes e séries são diversos, desde preços mais altos se comparados aos de concorrentes do segmento, como poucos lançamentos e apostar suas principais fichas no acervo das animações icônicas. Como você já sabe, a audiência foi muito abaixo das expectativas.
Disney+ fica para trás no mercado nacional
Para se ter uma ideia, em maio deste ano, segundo informações da Kantar Ibope Media, o Disney+ obteve 0,2% da audiência de vídeo online. Em termos de comparação, o YouTube liderou com 17,6%, seguido na Netflix, com 4,4%. Em terceiro lugar, ficou o TikTok, com 4%. Em geral, o share de consumo de vídeo foi de 29,7%.
Já a plataforma Star+, que também faz parte da Disney e possui em seu portfólio obras como Os Simpsons, os canais ESPN e a renomada série Modern Family, foi criada para atender aos desejos do público mais adulto. No entanto, o serviço não conseguiu pontuar no levantamento da Kantar Ibope Media, sendo classificado na categoria “outros streamings” e totalizou 0,5%.
Demais detalhes da pesquisa
A seguir, confira outros relatórios divulgados pela Kantar Ibope Media e como cada empresa desempenhou até maio de 2024:
TV Linear (70,3%)
- 1. TV aberta: 61,6%;
- 2. TV paga: 8,7%;
Vídeo Online (29,7%)
- 1. YouTube: 17,6%
- 2. Netflix: 4,4%
- 3. Tik Tok: 4%
- 4. Globoplay: 1,3%
- 5. Prime Video: 1%
- 6. Max: 0,3%
- 7. Twitch: 0,3%
- 8. Disney: 0,2%
- 9. Outros: 0,5%
Prejuízo total
De acordo com as informações da revista Forbes, o Disney+ acumulou um prejuízo operacional de US$ 11,4 bilhões (cerca de R$ 55,3 bilhões, na cotação atual) desde o seu lançamento global e, até o momento, não há previsão de melhora. Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de assinantes da plataforma caiu de um pico de 164,2 milhões em setembro de 2022 para 149,6 milhões no final do ano passado, enquanto a Netflix quase dobrou sua base de usuários, alcançando mais de 260 milhões em todo o mundo.
No mercado audiovisual de hoje, os modelos adotados pelo Disney+ e MAX (antigo HBO MAX) não são atrativos e, consequentemente, afastam possíveis assinantes das plataformas. No caso do serviço da Disney, em terras estadunidenses, a solução para amenizar o prejuízo foi incluir anúncios. Em troca, o usuário paga um valor menor pelo pacote de assinatura.
Ou seja, a fusão do Star+ no Brasil e em toda América Latina trata-se de mais uma medida desesperada da companhia para corrigir os erros de estratégia do passado. Em linhas gerais, até o momento, no Brasil, o Disney+ tem sido uma plataforma rentável para pessoas com maior poder aquisitivo, visto que os preços mais salgados não cabem no bolso de todos os amantes de filmes e séries do país.