Um relatório parcial da Polícia Civil de São Paulo trouxe à tona uma investigação complexa envolvendo o patrocínio da casa de apostas Vai de Bet ao Corinthians.
A análise aponta que parte dos fundos destinados ao clube paulista foi desviada e acabou em contas associadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma organização criminosa de grande alcance no Brasil.
O desvio de recursos, que inicialmente foi divulgado pela emissora SBT, envolve uma quantia significativa de aproximadamente R$ 1,4 milhão.
O que se sabe?
O intermediário do negócio, Alex Cassundé, desempenhou um papel central no esquema. A empresa de Cassundé, Rede Social Media, recebeu comissões do patrocínio e, subsequentemente, transferiu valores para outras entidades.
Entre essas transferências, destacam-se R$ 580 mil e R$ 462 mil enviados para a Neoway Soluções Integradas, uma empresa de fachada. A complexidade das transações financeiras sugere uma estratégia sofisticada de lavagem de dinheiro.
Como funciona o esquema de lavagem de dinheiro?
O relatório da Polícia Civil descreve as movimentações financeiras como “estratégias tradicionais de lavagem de dinheiro“. Este método é frequentemente utilizado para disfarçar a origem ilícita dos recursos.
No caso em questão, a Neoway transferiu R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que, por sua vez, fez repasses para a UJ Football Talent Intermediação, totalizando R$ 874.150.
A UJ Football, uma agência que representa jogadores de futebol, foi identificada como “destinatária dos valores subtraídos do clube do Parque São Jorge”.
A empresa é de propriedade de Ulisses de Souza Jorge e já havia sido mencionada em uma delação ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) como uma das entidades utilizadas pelo crime organizado para lavar dinheiro.
*Com informações do InfoMoney