Em um acalorado debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) protagonizaram uma troca de farpas que chamou a atenção dos eleitores. Marçal sugeriu que Boulos “pedisse música no Fantástico” por ter sido preso três vezes, uma referência a um famoso quadro do programa de TV.
Segundo um levantamento do Metrópoles, baseado nas certidões de antecedentes criminais entregues por Boulos à Justiça Eleitoral, o candidato do Psol já foi preso, mas não sofreu nenhuma condenação criminal. Diversas ações tramitavam em sigilo, mas todas foram arquivadas, indicando que ele não foi formalmente denunciado.
Guilherme Boulos e suas prisões
Boulos possui um histórico de prisões que ocorreram durante sua atuação como líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Entre essas, destacam-se duas prisões em processos de reintegração de posse.
Em janeiro de 2012, na Ocupação Pinheirinho, em São José dos Campos, Boulos foi preso em flagrante por “dano qualificado” ao supostamente ter depredado o alambrado de um ginásio esportivo. Na época, ele negou as acusações e foi liberado após pagar uma fiança de R$ 700, que hoje seria cerca de R$ 1,4 mil devido à correção pela inflação.
Em janeiro de 2017, Boulos foi novamente detido, desta vez por “incitação à violência e desobediência” durante uma reintegração de posse na Ocupação Colonial, localizada em São Mateus, na zona leste de São Paulo. Ele permaneceu preso por 10 horas e foi liberado após assinar um termo circunstanciado, relativo a eventos de menor potencial ofensivo.
Outras ações que envolvem Boulos
Além das prisões mencionadas, Boulos enfrentou outros dois processos. Um deles foi por liderar a ocupação de um terreno pertencente ao Cemitério Jardim da Paz, em Embu das Artes, em novembro de 2016. Embora o Ministério Público de São Paulo (MPSP) tenha oferecido denúncia, o processo prescreveu e não houve julgamento.
- Ocupação do Cemitério Jardim da Paz em Embu das Artes, Grande São Paulo
- Ação de Flávio Gurgel Rocha, dono da Riachuelo, por calúnia e injúria em 2018
Por fim, Flávio Gurgel Rocha tentou processar Boulos, em março de 2018, pelos crimes de calúnia e injúria devido a postagens feitas no antigo Twitter (hoje X). No entanto, o MPSP deu parecer contrário à ação, resultando no arquivamento do caso.