Recentemente, o universo digital foi sacudido com o vazamento de documentos que detalham internamente como o Google organiza e prioriza os sites em seus resultados de busca. Revelações feitas por Rand Fishkin e Mike King, nomes notórios no mundo de SEO (Search Engine Optimization), colocaram em evidência estratégias e indicadores anteriormente desconhecidos pelos profissionais da área.
No final de maio, mais precisamente no dia 29, o Google teve que admitir a veracidade dessas informações após serem publicadas em sites de notícias, como o The Verge. Contudo, a empresa instigou a todos que manuseiem os dados com cautela, indicando que podem ser descontextualizados ou ultrapassados.
Davis Thompson, porta-voz do Google, reforçou que, apesar do compartilhamento de extensas informações sobre o funcionamento do buscador, alguns aspectos precisam ser salvaguardados, para evitar manipulações nos resultados apresentados.
Como o Google Search realmente funciona
Segundo os documentos vazados, o Google faz uso de aproximadamente 14 mil indicadores para classificar e ordenar os sites. Esses indicadores variam desde a relevância das palavras-chave utilizadas até a quantidade de cliques que o site recebe. Porém, o que causou maior espanto foi a confirmação de que o tempo de navegação no site e a quantidade de interações são sim considerados, contrariando declarações anteriores da empresa.
Revelações dos documentos vazados
Dentre as informações vazadas, algumas se destacam por seu potencial impacto na indústria de SEO. Primeiramente, foi descoberto que a popularidade de um site, indicada pelo fluxo de visitas e interações, pode de fato impulsionar sua visibilidade, mesmo que outras páginas ofereçam conteúdo de qualidade superior. Além disso, o buscador pode impor um limite no número de sites ou posts que aparecem após uma busca, rebaixando páginas com conteúdo sensível ou insatisfatório.
A comunidade de especialistas em otimização para mecanismos de busca foi inevitavelmente afetada. Com a revelação desses critérios, estratégias antigas podem ser revistas e novas práticas podem surgir, levando a uma reconfiguração de táticas já estabelecidas.
Além disso, há uma crescente preocupação sobre como as informações estão sendo utilizadas para filtrar e classificar conteúdos sensíveis, como aqueles relacionados a eleições ou temas políticos.