As escolas no Distrito Federal (DF) foram autorizadas a, caso achem necessário, cancelar as aulas previstas para a semana. A medida vale para todas as unidades escolares localizadas em áreas próximas à queimada que atinge, desde o último domingo (15) o Parque Nacional de Brasília, o que prejudicou ainda mais a qualidade do ar, que estava seca e, agora, apresenta fumaça e fuligem.
A orientação da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) é para que as escolas decidam por si só o cancelamento ou não das aulas caso identifique que as condições do ar não sejam adequadas e ofereçam riscos aos estudantes, professores e funcionários.
“Caso a gestão da escola identifique riscos à saúde da comunidade escolar, está autorizada a suspender temporariamente as atividades, garantindo, posteriormente, a apresentação de um calendário de reposição das aulas“, disse a SEEDF em nota.
Cancelamento dos aulas
Até o fechamento desta matéria, já foram canceladas aulas do Centro de Ensino Médio da Asa Norte (CEAN), do CEM Paulo Freire, na 610 Norte e o Centro de Ensino Fundamental 1 do Lago Norte (CELAN). Além dessas unidades, a Universidade de Brasília (UnB) também cancelou o expediente presencial na segunda-feira (16), sugerindo que as atividades previstas poderão ser feitas online. Algumas escolas do setor privado já comunicaram que suspenderam as aulas.
Polícia investiga os incêndios
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para investigar o incêndio que, desde o último domingo (15), atinge o Parque Nacional de Brasília, próximo à Granja do Torto, residência oficial da Presidência da República.
Conhecido como Água Mineral, o parque nacional é uma unidade de conservação vinculada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. A entidade confirmou ao portal Agência Brasil que o incêndio começou em região próxima à residência oficial Granja do Torto e que, desde segunda-feira (16), mantém brigadistas no local, em apoio ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Orçamento emergencial
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou, no último domingo (15), a disponibilização de um orçamento de emergência climática para combater os incêndios florestais que atingem diversas regiões do Brasil.
Na decisão, Dino determinou, ainda, o uso do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para mobilizar recursos e permitir que o órgão trate como prioridade os inquéritos sobre queimadas e incêndios instaurados pela PF.
Medidas contra a estiagem
Em meio a seca que há meses assola a capital brasileira, a SEEDF já havia feito algumas orientações sobre medidas durante o período de estiagem. Dentre elas, a suspensão temporária das aulas de educação física, mas com a ressalva de que os alunos devem ter outras atividades no mesmo horário, seguindo orientação da direção escolar.
Além disso, foi recomendado que as escolas mantenham os bebedouros em ótimas condições. Ainda, a SEEDF sugeriu, aos estudantes, que levem sua garrafa de água para a escola, de forma a terem condições de fazer um consumo regular de água.