Nos últimos dias, as autoridades sanitárias canadenses alertaram seus cidadãos para se prepararem para uma nova pandemia. Na segunda edição do Manual do Plano de Continuidade de Negócios para Surtos de Gripe e Doenças Infecciosas, divulgado em junho deste ano, o Centro de Saúde e Segurança Ocupacional do Canadá, comentou sobre um novo vírus hipotético que poderá desencadear mais problemas que a COVID-19.
O guia em questão, que fornece informações aos empregadores sobre como se preparar diante de outra pandemia, alega que “com base nas tendências da gripe pandêmica passada, pode haver um número médio mais elevado de infecções e mortes em grupos etários diferentes dos que normalmente vemos durante as épocas anuais de gripe“.
Além disso, o manual alerta que os empregadores devem estar preparados para um cenário como um surto de doença ou uma pandemia que obrigue as pessoas a ficarem em casa, similar ao que aconteceu em 2020. Ainda segundo o guia, as pessoas devem se preparar para perturbações como a redução do trabalho, problemas na cadeia de abastecimento e mudanças na procura do consumidor.
Dentre as paralisações abruptas estão as telecomunicações, os serviços bancários, a água, a gasolina, os medicamentos, e os alimentos. O documento ainda estima que uma futura pandemia “virá em duas ou três ondas, com cerca de três a nove meses de intervalo entre cada surto“. O vírus hipotético também pode ficar nestes ciclos até dois anos.
Aumento nos casos de COVID-19 em países do hemisfério Norte
Os Estados Unidos e outras nações que fazem parte do hemisfério Norte, que agora estão no verão, enfrentam um surto de COVID-19. Apesar da tendência, os casos registrados até o momento ainda são menores que os observados durante a pandemia de 2020, o mesmo vale para as hospitalizações.
Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que, se o vírus continuar a se espalhar, poderá levar a novas mutações e infecções graves que escapam da proteção de vacinas e medicamentos.
Fake news: vacinados a contra COVID-19 não contraíram Aids
Recentemente, foi veiculado na internet que alguns dados do governo do Canadá mostram que 74% das pessoas triplamente vacinadas contra a COVID-19 desenvolveram Aids. Porém, isso não é verdade, visto que os documentos citados não associam em nenhum momento a doença à vacinação, tampouco medem o nível de imunidade proporcionado pelas vacinas.
Postagens com conteúdo mentiroso acumulavam 4 mil compartilhamentos no X (antigo Twitter), além de centenas de curtidas e compartilhamentos no Instagram e no Facebook, respectivamente.
Os relatórios semanais da Agência de Saúde Pública do Canadá mostram somente o número total de casos, hospitalizações e mortes causadas pela COVID-19, quantidade de testes realizados e lista as variantes que circulavam no país do vírus Sars-Cov-2, que causa a doença.
De acordo com a agência de saúde canadense, uma das razões para a fake news em questão é que a maioria dos cidadãos do país contraiu a COVID-19 ao menos uma vez, o que tornava difícil separa os impactos da imunidade da enfermidade, da imunidade da vacina e da imunidade de ambas.