Caixas-pretas do avião que caiu em São Paulo foram resgatadas 100%

Acidente chocou o país. Informações obtidas vão ajudar a encontrar motivação exata para a queda da aeronave.

Recentemente, a queda de um avião ATR-72 da VOEPASS, em Vinhedo, São Paulo, chocou o Brasil e deixou 62 vítimas fatais. As investigações para determinar as causas do acidente estão em andamento e novos dados foram obtidos das caixas-pretas da aeronave. Esta semana, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) anunciou avanços importantes.

De acordo com o brigadeiro Moreno, responsável pelas investigações, os dois motores do avião serão analisados em São Paulo para verificar se estavam com potência no momento do acidente. O relatório preliminar da investigação será apresentado em 30 dias, conforme informou o Cenipa.

A obtenção dos dados dos gravadores de voo, popularmente conhecidos como caixas-pretas, é essencial para entender a dinâmica do acidente. Um dos dispositivos grava áudio e o outro coleta dados técnicos da aeronave, como altitude e velocidade.

Função das caixas-pretas

Os gravadores de voo, mais conhecidos como caixas-pretas, desempenham um papel vital na investigação de acidentes aéreos. Eles incluem dois tipos principais de dispositivos:

  • Cockpit Voice Recorder (CVR): Registra as conversas entre os pilotos e delas com os comissários de bordo e o controle de tráfego aéreo.
  • Flight Data Recorder (FDR): Armazena informações e parâmetros da aeronave, como altitude, velocidade e posição das manetes.

Com essas informações, os investigadores poderão determinar os fatores que contribuíram para a queda do avião. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o Cenipa é uma referência internacional nesse tipo de investigação.

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Caixa preta da aeronave que caiu em Vinhedo (SP). — Foto: Divulgação/FAB

Inventadas na década de 1950 pelo australiano David Warren, as caixas-pretas são obrigatórias na maioria dos aviões. Pintadas de laranja para facilitar sua localização, esses dispositivos mantêm registros cruciais que ajudam a identificar as causas de acidentes aéreos e, consequentemente, melhorar a segurança nos voos futuros.

Próximos passos na investigação

Após a conclusão da retirada dos corpos das vítimas e a remoção dos destroços, os motores e a cauda do avião serão enviados para perícia. Os dados coletados serão analisados para compor o relatório preliminar que será apresentado em 30 dias pelo Cenipa.

Durante a investigação, colaboram o escritório de investigação e análise da França (BEA) e o Conselho de Segurança nos Transportes do Canadá (TSB), devido à nacionalidade do avião e dos motores, respectivamente.

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