Recentemente, os consumidores foram surpreendidos por uma operação que revelou a existência de produtos vendidos como café, mas que, na verdade, não continham o grão em sua composição.
Esses produtos, conhecidos como “café fake”, apresentavam uma série de irregularidades que levantaram preocupações tanto entre consumidores quanto entre autoridades de saúde e vigilância sanitária.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou medidas rigorosas contra esses produtos, proibindo sua comercialização, distribuição e fabricação. As marcas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial.

A decisão foi baseada em análises laboratoriais que identificaram a presença de matérias estranhas e impurezas, além de ingredientes de qualidade inferior, como grãos crus e resíduos agrícolas.
Como identificar o “café fake”?
Para o consumidor, diferenciar um café autêntico de um “café fake” pode ser desafiador, especialmente quando a rotulagem dos produtos é enganosa. Produtos rotulados como “polpa de café” ou “café torrado e moído” podem, na verdade, conter uma mistura de ingredientes que não correspondem ao café de qualidade.
Um dos sinais de alerta é a presença de termos vagos ou genéricos na embalagem. Além disso, preços significativamente mais baixos podem indicar que o produto não é o que parece. Consumidores devem estar atentos à lista de ingredientes e procurar por certificações de qualidade que garantam a autenticidade do produto.
Quais são os riscos do consumo de “café fake”?
O consumo de “café fake” pode trazer riscos à saúde, pois esses produtos podem conter impurezas como pedras, areia e sementes de outras espécies vegetais. Além disso, a ingestão de resíduos agrícolas e matérias estranhas pode resultar em problemas digestivos e outras complicações de saúde.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) destacou que esses produtos são feitos de “lixo da lavoura”, o que reforça a necessidade de cautela por parte dos consumidores.
O que está sendo feito?
As autoridades brasileiras estão tomando medidas para combater a produção e venda de “café fake”. A Anvisa, em conjunto com o Mapa, está intensificando a fiscalização e realizando inspeções rigorosas para garantir que apenas produtos de qualidade cheguem às prateleiras dos supermercados.
Além disso, campanhas de conscientização estão sendo promovidas para educar os consumidores sobre os riscos associados ao consumo de produtos adulterados.
A colaboração entre órgãos governamentais e a indústria do café é crucial para proteger a integridade do mercado e a saúde dos consumidores.