O governo do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, terá alguns desafios bastante complicados para resolver em 2023. Eles tratam da continuidade do programa social nos moldes que se apresentam atualmente. Por isso, um corte de beneficiários pode acontecer.
Apesar da PEC de transição proposta pela equipe petista, o orçamento do Bolsa Família (como voltará a ser chamado a partir do próximo ano) ainda terá uma fila de espera que começa novamente a surgir para ter acesso ao benefício.
A PEC prevê a liberação de R$ 70 bilhões para o Bolsa Família. A quantidade de pessoas que foram incluídas para receber o auxílio, depois da crise financeira agravada pelo Covid-19, aumentou a necessidade de mais repasses dos cofres públicos.
Considerando, especialmente, os R$ 600 pagos até este mês pelo Auxílio Brasil. O dinheiro do aumento na parcela mínima foi aprovado em estado emergencial ainda em julho.
Dessa forma, não há um projeto com a definição de onde sairia o dinheiro para a continuidade das parcelas turbinadas do benefício, mesmo com o atual presidente também tendo prometido em campanha manter o valor adicional caso fosse reeleito.
Desafios de Lula para o Bolsa Família em 2023
Com o aumento de beneficiários o novo governo pode realizar um endurecimento nas regras que permitem que as famílias entrem no programa, ou continuem recebendo os repasses mensais, pela fiscalização das informações no Cadastro Único.
A equipe de Lula, através do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse ter recebido do atual governo, de Jair Bolsonaro, um pedido para a retirada de 2,5 milhões de pessoas do Auxílio Brasil.
A solicitação teria vindo através de um ofício. A justificativa se dá pela afirmação que essas pessoas estão recebendo o dinheiro das parcelas de forma irregular.