A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão das operações aéreas dos Correios. A decisão foi tomada após uma fiscalização que revelou o descumprimento de normas de segurança essenciais para o transporte aéreo.
Essa suspensão, que começará a vigorar na próxima quarta (4), visa garantir que medidas adequadas sejam implementadas para evitar riscos associados ao transporte de artigos perigosos. A fiscalização realizada entre fevereiro e abril destacou falhas no cumprimento das normas de segurança por parte dos Correios.
A Anac identificou que a estatal não seguiu integralmente as providências necessárias, como a restrição ao transporte de malas postais com conteúdo declarado e a supervisão qualificada durante a preparação das cargas. A suspensão permanecerá até que os Correios e seus operadores aéreos comprovem a implementação das medidas exigidas.
Quais medidas precisam ser implementadas?
Para que a suspensão seja revogada, os Correios devem demonstrar à Anac que todas as medidas de segurança foram implementadas de forma eficaz. Isso inclui a apresentação de um cronograma detalhado para a adequação completa às normas de segurança e uma análise de risco conjunta com as empresas prestadoras de serviço.
Entre as medidas necessárias, destaca-se a necessidade de equipamentos adequados, como aparelhos de raio-X, para inspecionar as cargas nos aeroportos. A ausência desses equipamentos foi uma das limitações apontadas pela atual gestão dos Correios, que afirma ter adquirido novos aparelhos e realizado treinamentos para a equipe, visando o cumprimento das normas estabelecidas pela Anac.
Quais são as implicações da suspensão para os Correios?
Como uma das principais operadoras de serviços postais do país, a interrupção dos voos pode afetar a entrega de correspondências e encomendas, impactando tanto consumidores quanto empresas que dependem dos serviços dos Correios.
Além disso, a necessidade de cumprir as exigências da Anac pode representar um desafio financeiro e operacional para a estatal, que já enfrenta dificuldades decorrentes de gestões passadas.
A implementação das medidas de segurança exigidas pode demandar investimentos significativos em infraestrutura e treinamento, além de ajustes nos processos operacionais.
Como os Correios estão respondendo à situação?
O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, afirmou que a estatal está empenhada em resolver as questões apontadas pela Anac. Ele destacou que a atual administração herdou problemas de gestões anteriores, mas está comprometida em garantir a regularização completa do serviço.
Em nota, os Correios responsabilizaram gestões passadas pelas falhas e reafirmaram seu compromisso com a segurança das operações e o atendimento à população. Além disso, a estatal está em diálogo constante com a Anac para validar as medidas que já foram debatidas.
Uma reunião está agendada para discutir o progresso das ações e evitar a suspensão definitiva das operações aéreas. A empresa está adotando todas as medidas cabíveis para solucionar a situação no prazo estipulado.