12 documentos serão substituídos pela nova carteira de identidade
A nova versão promete mais segurança e praticidade; entenda
Aquela necessidade de carregar uma série de documentos ou ter que decorar a sequência numérica dos mais usados no dia a dia será coisa do passado, isso porque a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) promete facilitar a vida do cidadão ao unificar os dados de até 12 documentos. Abaixo, veja quais podem ser incluídos:
- 1. Título de Eleitor;
- 2. Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
- 3. Carteira de Trabalho;
- 4. Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS);
- 5. Registro Geral;
- 6. Carteira Profissional;
- 7. Documento Militar;
- 8. Passaporte;
- 9. Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
- 10. Certidão de Nascimento;
- 11. Carteira de Transtorno Autista;
- 12. Carteira de Identidade Indígena.
Segundo o Governo Federal, a novidade tem como objetivo reduzir o número de fraudes e tornar a identificação menos burocrática para a população. Para isso, a CIN usa o Cadastro de Pessoa Física (CPF) como número único. Ou seja, ele passa a ser a informação necessária para quase todos os trâmites legais.
Facilitando a identificação
Além de centralizar os documentos, a CIN busca facilitar o acesso de órgãos públicos ao histórico da vida inteira dos brasileiros. Cabe destacar que isso será possível por conta de um QR Code que será adicionado.
Outro ponto que motivou a unificação foi a segurança, segundo Alexandre Amorim, presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), companhia pública de tecnologia. De acordo com o executivo, compilar essas informações ajuda a construir uma melhor identificação biográfica do indivíduo, reduzindo as chances de fraudes cadastrais.
Os dados cadastrais, como nome, data de nascimento e o CPF, ficarão registrados em uma rede blockchain, a mesma tecnologia usada para criptomoedas, como o Bitcoin. Em suma, o sistema é um banco de informações que pode ser compartilhado entre diferentes computadores, mas os dados presentes não podem ser alterados. Além disso, o QR Code presente no documento, poderá ser lido por celular, possibilitando a qualquer cidadão verificar se a CIN foi furtada ou extraviada.
Ou seja, apenas quem tiver permissão poderá acessar os dados protegidos por criptografia. Entre os autorizados, estão os órgãos de identificação civil. “As aplicações que utilizam blockchain podem contar com vantagens como a imutabilidade dos dados, já que é praticamente impossível alterar ou falsificar os dados registrados em uma rede blockchain“, destacou o presidente do Serpro.
Padrão internacional
A presença de elementos gráficos conforme padrões internacionais também eleva o documento a um dos mais seguros do mundo. Hologramas, microtextos e marcas d’água tornam a falsificação extremamente difícil, assegurando a autenticidade e a integridade do documento, informou o Serpro.
Outra grande inovação implementada na versão mais recente do documento é a área específica da Machine Readable Zone (MRZ), permitindo que o titular utilize a CIN como documento de viagem, contanto que haja acordo entre as nações. Além disso, ela possui uma versão digital, que pode ser acessada pelo aplicativo Gov.br (disponível para Android e iOS).