O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi alvo de um esquema de fraude que resultou no pagamento indevido de R$ 2,3 milhões em benefícios previdenciários. A irregularidade foi realizada por Gilson Barbosa Machado, um servidor da Agência da Previdência Social de Parnaíba, no Piauí. O esquema envolvia a criação de beneficiários fictícios e pagamentos a pessoas falecidas, com as transferências ocorrendo majoritariamente no Maranhão. A fraude foi revelada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em novembro de 2023.
Fraude Envolvendo Identidades Falsas
A operação criminosa consistia na criação de beneficiários fantasmas através de documentos forjados e dados falsos inseridos no sistema do INSS. O objetivo era direcionar as transferências ao Piauí, onde indivíduos ligados ao esquema realizavam os saques mensais dos benefícios. Este modelo de fraude veio à tona após uma Tomada de Contas Especial instaurada pelo INSS, com supervisão do TCU.
Identificação dos Envolvidos
O Tribunal de Contas da União encontrou evidências suficientes para responsabilizar Gilson Barbosa Machado e outros sete indivíduos envolvidos ativamente no esquema. Todos foram ordenados a devolver o montante desviado e também a pagar multas que, somadas, ultrapassam R$ 6,6 milhões, calculadas conforme suas participações na fraude.
Casos Similares de Fraude
Este caso no INSS não é isolado. Em outro episódio, no estado do Pará, a operação denominada Pilares Falsos desmantelou outro esquema fraudulento, causando prejuízos superiores a R$ 2 milhões. Estes exemplos demonstram um padrão persistente de fraudes em benefícios previdenciários no Brasil, revelando falhas significativas na segurança do sistema.
Responsabilização e Consequências
O caso atingiu um desfecho com posicionamentos firmes do TCU, que na quarta-feira, 16 de julho, determinou a responsabilização dos envolvidos pelas irregularidades. As medidas, incluindo a quitação dos valores desviados e as multas impostas, refletem o compromisso das instituições em corrigir os danos ao erário. Esse processo serve como um alerta para a necessidade de aprimorar os mecanismos de controle do INSS, evitando a repetição de tais fraudes no futuro.