Estas são as profissões mais desvalorizadas mesmo com diploma
O estudo revela uma grande disparidade entre os setores de trabalho
A recente pesquisa realizada por Ana Tereza Pires, a pedido da consultoria IDados e veiculada no portal IstoÉ Dinheiro, revela quais são as profissões em terras brasileiras com maior e menor remuneração. O levantamento, baseado nos primeiros três meses deste ano, apontam um cenário onde a disparidade salarial continua presente em diversas áreas do mercado de trabalho.
No estudo, foi constatado que as carreiras no segmento da educação e áreas que envolvem ciências humanas ainda seguem com os salários mais baixos. Por outro lado, profissões ligadas à saúde e engenharia continuam a figurar entre as mais remuneradas, refletindo uma valorização diferenciada se comparadas a outras ocupações do mercado sobre serviços essenciais.
Nos dias de hoje, médicos especialistas lideram o ranking com uma remuneração média de R$ 15.581,03. Na sequência, temos os engenheiros mecânicos e geólogos, evidenciando a alta valorização de profissões que exigem formação especializada e extensa.
Todavia, apesar de termos em mente a importância de um bom salário para viver uma vida confortável, certas profissões, especialmente nas áreas da educação e saúde, ainda recebem remunerações significativamente baixas. Para se ter uma ideia, educadores para necessidades especiais e escritores possuem vencimentos que dificilmente ultrapassam os R$ 3.500.
Comparativo salarial em 2024
A seguir, confira a lista elaborada pela especialista, onde ela reúne a melhor e a pior média remuneratória neste ano:
Profissões com os salários mais baixos
- 1. Educadores para necessidades especiais: R$ 3.042,71;
- 2. Escritores: R$ 3.355,90;
- 3. Ministros de cultos religiosos, missionários e afins: R$ 3.366,37;
- 4. Outros professores de idiomas: R$ 3.486,93;
- 5. Professores do ensino fundamental: R$ 3.754,15;
- 6. Desenvolvedores de páginas de internet (web) e multimídia: R$ 3.882,28;
- 7. Desenhistas gráficos e de multimídia: R$ 3.906,09;
- 8. Profissionais da saúde não classificados anteriormente: R$ 3.938,82;
- 9. Fisioterapeutas: R$ 4.008,93;
- 10. Dietistas e nutricionistas: R$ 4.119,42;
- 11. Biólogos, botânicos, zoólogos e afins: R$ 4.132,90;
- 12. Administradores de sistemas: R$ 4.249,00;
- 13. Assistentes sociais: R$ 4.297,58;
- 14. Especialistas em métodos pedagógicos: R$ 4.469,96;
- 15. Professores de formação profissional: R$ 4.562,31;
- 16. Especialistas em políticas e serviços de pessoal e afins: R$ 4.608,97.
Profissões com os salários mais altos
- 1. Médicos especialistas: R$ 15.581,03;
- 2. Médicos gerais: R$ 12.679,21;
- 3. Engenheiros mecânicos: R$ 12.303,43;
- 4. Geólogos e geofísicos: R$ 11.998,88;
- 5. Engenheiros químicos: R$ 11.852,66;
- 6. Profissionais em direito: (com exceção de advogados e juristas) R$ 11.124,91;
- 7. Economistas: R$ 10.123,93;
- 8. Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins: R$ 9.763,33;
- 9. Assessores financeiros e em investimentos: R$ 9.545,27;
- 10. Professores de universidades e do ensino superior: R$ 9.534,51;
- 11. Engenheiros não classificados anteriormente: R$ 9.091,19;
- 12. Engenheiros eletrônicos: R$ 9.086,63;
- 13. Analistas de gestão e administração: R$ 9.050,07;
- 14. Desenhistas e administradores de bases de dados: R$ 9.026,15;
- 15. Engenheiros eletricistas: R$ 8.621,06.
Valorização do trabalho
Em linhas gerais, o estudo conduzido por Ana Tereza Pires visa elucidar as perspectivas para o futuro, permitindo que os profissionais da próxima geração entendam como o mercado de trabalho tem se desdobrado, especialmente na questão remuneratória. Além disso, serve como um chamado para a implementação de novas políticas públicas para quebrar a disparidade, visando não apenas a equidade salarial, mas também a valorização de todas as formas de trabalho.