A proposta de abolir o saque-aniversário do FGTS gerou um intenso debate no cenário político e econômico brasileiro. Essa modalidade, introduzida em 2019, permite aos trabalhadores retirarem anualmente uma parte do saldo do FGTS. Entretanto, eles perdem a possibilidade de sacar o montante total em caso de demissão, exceto a multa rescisória de 40%.
A iniciativa de extinguir esta opção, liderada pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, enfrenta resistência de diferentes segmentos.
A Frente Parlamentar Pelo Livre Mercado, em particular, se mobiliza contra essa proposta, defendendo que ela poderia restringir a liberdade econômica dos brasileiros.
Impactos econômicos do fim do saque-aniversário?
A potencial revogação do saque-aniversário do FGTS suscita preocupações sobre o acesso ao crédito. Segundo Rodrigo Marinho, do Instituto Livre Mercado, a extinção dessa facilidade poderia levar cidadãos vulneráveis a procurarem empréstimos emergenciais com taxas de juros mais altas.
Esse cenário poderia, eventualmente, aumentar a inadimplência e sobrecarregar ainda mais famílias que já enfrentam dificuldades financeiras.
Ademais, o mercado de crédito pode ser impactado, já que a antecipação do saque-aniversário se tornou uma prática comum que auxilia na circulação econômica. Com menos dinheiro disponível para empréstimos, a oferta de crédito poderia diminuir.
Por que o ministro do Trabalho defende o fim do saque-aniversário?
Desde antes de sua nomeação, o ministro Luiz Marinho expressou seu apoio ao fim do saque-aniversário, contestando sua eficácia e impacto no gerenciamento do FGTS. A preocupação é que, ao permitir retiradas anuais, o fundo acumula menos capital, afetando sua principal função de amparo em situações de desemprego.
Além disso, o uso inadequado dos recursos retirados também é um ponto de crítica, considerando-se casos onde o dinheiro não é aplicado em fins que contribuam para a estabilidade financeira a longo prazo.