O Brasil voltou a conquistar o 2º lugar no ranking global de juros reais, medidos após descontar a inflação. A taxa esperada para os próximos doze meses é de 9,48%, resultado do aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic promovido pelo Banco Central nesta quarta-feira (11). A mudança fez o Brasil ultrapassar a Rússia, que anteriormente tinha um percentual superior.
No cenário internacional, apenas a Turquia mantém juros reais superiores aos do Brasil, conforme dados analisados pela consultoria MoneYou. Essa pesquisa considera os principais mercados de renda fixa de 40 países.
Critérios para a projeção de juros
As projeções “ex-ante” utilizam alíquotas anualizadas, que são calculadas com base nas expectativas para a taxa básica de juros e a inflação do próximo ano. Essa análise envolve fatores como estabilidade monetária e reações do mercado a políticas econômicas adotadas por cada país.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central é a instituição responsável por ajustar a taxa básica de juros no Brasil, desempenhando um papel crucial na determinação das direções econômicas do país.
Juros nominais e comparativos internacionais
Em relação aos juros nominais, o Brasil agora ocupa a 4ª posição no ranking global entre economias desenvolvidas. A taxa Selic foi ajustada de 11,25% para 12,25% ao ano, refletindo mudanças econômicas importantes no cenário nacional.
Além disso, no contexto da América Latina, a Venezuela lidera o ranking de juros nominais, com uma taxa significativa de 59,30%, enquanto o Brasil se encontra na 4ª colocação. Um fato notável é a taxa de juros reais da Argentina, que registra apenas 0,07%.
Como a taxa Selic afeta a economia brasileira
A taxa Selic, que influencia os juros reais, é a principal ferramenta de política monetária utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação. Um aumento na Selic geralmente encarece o crédito, diminuindo o consumo e ajudando a frear a inflação.
Contudo, ela também pode impactar o crescimento econômico, ao tornar mais caro o investimento empresarial.
No Brasil, a complexa tarefa de ajuste da Selic visa equilibrar o crescimento econômico com a estabilidade de preços, uma vez que a economia ainda enfrenta desafios significativos em um cenário global incerto.