O fim do programa de incentivo à compra de veículos, anunciado pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi confirmado como uma medida que, segundo ele, foi “um sucesso”.
Em entrevista coletiva em Brasília, Alckmin destacou que o programa encerrou com a utilização total dos R$ 800 milhões em créditos tributários disponíveis. Ele explicou que até R$ 500 milhões foram utilizados por pessoas físicas, e de R$ 500 milhões a R$ 800 milhões foram destinados tanto a pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas.
O ministro e vice-presidente aproveitou para elogiar a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, afirmando que esse é o caminho para estimular o setor automobilístico. Ele ressaltou a importância de melhorar a renda da população, aumentar o emprego, a competitividade e reduzir o chamado “custo Brasil”. Alckmin deixou claro que em momentos excepcionais, como o ocorrido com o programa de incentivo à compra de veículos, é possível oferecer ajuda.
Inicio crédito tributário
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também falou sobre o assunto e afirmou que não havia espaço fiscal para alocar mais recursos no programa. O governo anunciou inicialmente um crédito tributário de R$ 500 milhões, que resultaria em descontos nos preços dos carros para os consumidores. Posteriormente, esse montante foi ampliado em mais de R$ 300 milhões.
De acordo com Alckmin, nove montadoras participaram do programa e foram vendidos 95 mil veículos apenas para pessoas físicas. Ele destacou que alguns modelos de carros tiveram um aumento de vendas de 236% devido ao programa. Além disso, o programa também teve impacto positivo nas vendas de veículos acima de R$ 120 mil, que não foram abrangidos pelo benefício, mas despertaram o interesse dos consumidores.
Outro efeito do programa foi a queda nos preços dos veículos, que contribuiu para a redução da inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em junho, o IGP-DI registrou uma queda de 1,45%. André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, destacou que a redução de 5,47% nos preços dos veículos 0 km abriu espaço para uma queda média de 0,10% nos preços ao consumidor.