Brasil recebe investimento de R$ 1,5 bilhão do Canadá por motivo surpreendente

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Nesta semana, a Aura Minerals, renomada mineradora do Canadá, anunciou um investimento no valor de US$ 300 milhões, equivalente a R$ 1,7 bilhões, na exploração de ouro em duas novas minas no Brasil. Esta mega empreitada promete revolucionar o setor de mineração brasileiro, com uma mina localizada no interior do Rio Grande do Norte (RN) e outra no Estado do Mato Grosso (MT).

As operações estão previstas para começar no ano que vem, gerando milhares de vagas de emprego e impulsionando a economia local. O investimento milionário reforça o compromisso da Aura Minerals com o desenvolvimento sustentável e a inovação tecnológica no setor de mineração brasileiro. Saiba o que levou a companhia canadense a investir em nossas terras.

Investimento canadense em mina de ouro brasileira

O mega projeto de expansão da Aura Minerals para exploração de ouro no Brasil destaca a estratégia da companhia em ampliar sua presença no setor de mineração. Vale lembrar que a mineradora do Canadá já atua no em terras brasileiras por meio das subsidiárias Mineração Apoena.

A Aura Minerals opera a mina de ouro São Francisco em Nova Lacerda (MT), e a Mineração Vale Verde é responsável pelo projeto de cobre e ouro Serrote da Laje em Craíbas, no Estado de Alagoas. Esse novo investimento no projeto reforça a importância do Brasil nas atividades da organização canadense.

Além das atividades no Brasil, a Aura Minerals conta com a mina de ouro Aranzazu no México e a mina San Andres em Honduras, cuja operação está temporariamente suspensa. A sede da companhia está localizada em Toronto, no Canadá, e a empresa negocia suas ações na Bolsa de Valores de Toronto desde 2006.

O que motivou o investimento?

Enquanto a Aura Minerals se prepara para ampliar suas operações com a mega empreitada, o cenário de exportação de ouro no Brasil apresentou uma queda significativa no ano passado.

As exportações caíram de 96,3 toneladas em 2022 para 77,7 toneladas em 2023, o menor volume desde 2017. Essa redução está parcialmente ligada à suspensão das atividades da Anglo Gold Ashanti em Santa Bárbara (MG), e às novas regulamentações impostas pelo Governo Federal.

Desde o último ano, as Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) emitem nota fiscal eletrônica, dificultando fraudes e aumentando a transparência nas operações. Outra alteração relevante foi o fim da chamada “boa fé”, que permitia às empresas aceitar informações sobre a origem do ouro sem documentação comprobatória. Essas medidas contribuíram para a queda das exportações de ouro, impactando o mercado interno. 

As novas diretrizes e desafios enfrentados pelas exportações de ouro trazem uma perspectiva de um mercado mais regulado e transparente. O plano da Aura Minerals de expandir suas operações em minas de ouro no Brasil demonstra a confiança da companhia no potencial do país para superar esses desafios e aproveitar as novas oportunidades.

O investimento divulgado pela Aura Minerals é visto como um sinal positivo para o setor de mineração de ouro no Brasil. Apesar das quedas recentes nas exportações, o começo das novas operações de exploração de ouro no Brasil está previsto para 2025. A expectativa é que haja uma retomada no crescimento e desenvolvimento do setor, fortalecendo a posição do Brasil como um dos principais produtores de ouro do planeta.

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