No vasto cenário do Sistema Solar, os asteroides são corpos celestes que orbitam o Sol e, ocasionalmente, se aproximam da Terra. Os impactos potenciais desses objetos geram grande interesse científico e público, dadas as consequências que poderiam ter em nosso planeta. Apesar dos pequenos asteroides frequentemente queimarem na atmosfera da Terra, grandes impactos são raros, mas ainda assim preocupantes.
Recentemente, um pequeno asteroide entrou na atmosfera terrestre, queimando ao leste do Oceano Pacífico. Embora tenha passado despercebido pela maioria devido ao seu tamanho diminuto, o evento ilustra a regularidade com que tais objetos interagem com nosso planeta.
Esta foi a terceira ocorrência em que um asteroide, detectado antecipadamente no espaço, pôde ter seu impacto previsto.
Como os asteroides atingem a Terra
A interação de asteroides com a Terra nem sempre resulta em impacto direto. Muitos desses corpos celestes queimam na atmosfera antes de atingir o solo, gerando meteoritos que podem cair tanto em terra quanto no mar.
Um exemplo notável é o asteroide 2024 BX1, que caiu em território próximo a Berlim, Alemanha, e resultou na coleta de centenas de fragmentos.
Entretanto, o potencial de um asteroide causar danos significativos está relacionado ao seu tamanho. Grandes asteroides, aqueles com diâmetros acima de 100 metros, são menos comuns no Sistema Solar interno, diminuindo a probabilidade de uma colisão com a Terra. Contudo, tal risco obsessivo não pode ser completamente descartado.
Qual é a real chance de um grande impacto?
Calculando as chances de um grande impacto, duas abordagens são consideradas. A primeira envolve a observação dos asteroides que têm trajetórias próximas à Terra, analisando suas órbitas e possíveis alterações.
A segunda considera o registro histórico de impactos significativos, como o evento de Tunguska em 1908, que não causou vítimas humanas, mas devastou uma área extensa de floresta na Sibéria.
A NASA estima que haja cerca de 25.000 asteroides grandes no Sistema Solar interno, mas já identificou apenas cerca de 40% deles. Apesar de nenhum destes representar um perigo iminente, a possibilidade remota de colisões perigosas ainda causa apreensão, especialmente quando se fala em objetos de tamanhos comparáveis ao asteroide que causou a extinção dos dinossauros.